Em teria gostado que me consultaram

E com esse VT, acaba qualquer narrativa da Linna de Homens x Mulheres

E a Disney ganha de vez o sofá.

Por isso eles vão ganhar o BBB.


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Jonara 07/04/2010Imagine que você é um beija-flor, batendo asas a 70, 80 batidas por segundo... indo de flor em flor para captar o nectar, aqui e ali, leve leve... tão leve que chega a irritar, mudando de posição tão rápido que mal se percebe o momento que se saiu de uma flor e se partiu para outra. Isso é a escrita da Virgínia Woolf neste livro. Ela voa de um pensamento a outro, de um personagem a outro, leve, irritante e frenéticamente... é exaustivo acompanhar a linha de raciocínio que segue e segue e segue... 187 páginas de pensamentos de um único dia! É poético, depressivo, luminoso ao mesmo tempo. Um dia na vida de Mrs. Dalloway, em que ela vai dar uma festa. Nada fora do comum, nada de especial, só as sensações, lembranças, as impressões das pessoas naquele dia. Um livro bem interessante, é interessante também a quantidade de vezes que Virgínia Woolf se refere às ondas, ao mar, água, etc. Realmente, parece que ela sempre teve uma relação forte com o mar.

Fluxo de consciência é algo que me deixa profundamente incomodada. Não consigo acompanhar o pensamento deles, me perco nos meus e começo a achar que o autor é maluco, ou que eu estou começando a ficar maluca. Realmente me perturba ler qualquer coisa escrita desta forma. O que não significa que isso seja ruim.


Ananda Sampaio 26/07/2011minha estanteOlá, adorei sua maneira de explica Virginia Woolf. Ela é tudo menos óbvia!tentei ler passeio ao farol e não consegui me deter na narrativa q é mt peculiar.Tive a ousadia de tentar ler Orlando e desisti.Mas, tenho paciência e sei que os grandes escritores exigem de nós uma certa paciência pq o que eles têm pra nos oferecer é grandioso demais p/ ser traduzida sem esforço, sensibilidade e dedicação!

;*


Claudinha____ 25/10/2012minha estante
Fantástica a sua descrição da narrativa, me senti exatamente assim!


Marco Maia 14/06/2013minha estante
Exatamente. A escrita é irritante, não há nexo, só divagações. Livro chato.


Edison Garreta 28/07/2013minha estante
Tive a mesma sensação!


Aerial 26/02/2014minha estante
É exatamente essa a minha sensação também, os livros da Virginia não são pra qualquer um, mas te faz refletir bastante e em certos momentos quando você lê o livro se perde nos seus próprios pensamentos.


Sueli 22/05/2014minha estanteA minha relação com esse livro é tão inconstante como o texto. Tem dias que leio e acho incrível, em outros não entendo nada... Por isso, prefiro achar que estou sempre em processo de leitura, já que sou tão errática como o texto, e, talvez, por isso mesmo eu não consiga classificá-lo...


Andreza 04/10/2014minha estante
Expressou bem o que eu senti! Amei a resenha!


Taysa 24/06/2015minha estante
Você descreveu perfeitamente como é ler este livro. O livro não tem capítulos, não tem uma delimitação do que é de um e o que é do outro. Não há delimitações. Consegui terminar depois de tentar duas vezes. Foi uma experiência difícil mas instigante.


Lenicio 20/04/2020minha estante
A autora tenta expressar o que se passa na cabeça dos personagens. Sugere um modo profundo de caracteriza-los, de apresenta-los, marcadamente subjetivo. O livro encerra fortes questões existenciais: a superficialidade das relações; a figura imponente do Estado; o papel da mulher (anfitriã); paixões mal resolvidas; casamento sem amor e por aí vai.


Lenicio 21/04/2020minha estante
O livro é muito bom. Leitura carregada, às vezes desgastante, mas repleta de boas reflexões. Autores assim, com estilo próprio, como a Virgínia, o Saramago, o Kafka, desafiam nossa paciência literária. O primeiro contato é impactante. No meu caso, li uma 30 páginas e fiquei esgotado. Resolvi ler algumas resenhas (inclusive a presente) para uma ambientação menos aflitiva. Deu certo. Fluiu bem depois disso.


Rody 16/06/2020minha estante
Amo as observações dela. O olho esperto que capta inúmeras sensações e emoções. É por isso que sou apaixonado por Woolf. Ela me faz ver o sentido das coisas.


Anny 17/07/2020minha estante
Sensacional sua descrição. Estou na página 43 e já me sinto assim. Fico incomodada com a rapidez que ela muda de pensamento, quando acho que estou entendendo, ela muda... Ela é voraz !


Aleksandra UtriniC 26/07/2020minha estante
Eu amei o que você escreveu, tô terminando o livro, e me senti mil vezes perdida, você conseguiu colocar meus pensamentos inteiros em uma resenha só.


@adriana_ lerlivros 08/10/2020minha estante
Penoso


Adiel Barbosa 31/01/2021minha estante
Minha leitura atualmente. De fato o que você falou é verdade. Às vezes me perco nos pensamentos da Mrs. Dalloway.


Carlinha 15/02/2021minha estante
Não li o livro ainda . Mas assisti só filme sobre esse livro. ?As horas?, depressivo, conflitante e choro todas as vezes que assisto.


Luzia.Melo 30/06/2021minha estante
Infelizmente, acabei abandonando por isso, por ser densa os pensamentos dela, presente na narrativa.


@adriana_ lerlivros 01/07/2021minha estante
Depois de 6 meses consegui concluir hahaha


Mel Fernandes 03/10/2021minha estante
É isso mesmo! O voo de um beija-flor! Perfeita analogia.


leiaagora_ 12/12/2021minha estante
Que analogia perfeita!!!!!




DIRCE 11/09/2016

Quem tem medo de Virginia Woolf ?

Eu. Eu tinha muito medo da Virginia Woolf . Tinha muito receio de encarar seus livros. Depois que li William Faulkner então...Achava que eu iria encontrar um W. Faulkner de saia ( ou será que a Virginia usava calças?). Porém, para o meu deleite, venci esse meu temor e me aventurei na leitura de Mrs. Dalloway Quer dizer , perder totalmente o meu medo da Virginia eu não perdi não. Vai que um dia, por ironia do destino, eu resolva conhecer o famoso Big Ben ( o relógio) e ele sofra um pane e me conduza para a década de 20 e me coloque cara a cara com a Virginia. Vai que ela resolva dissecar minha alma como ela fez com as dos personagens do romance, principalmente com a alma da Clarissa... Dizem por aí que de perto ninguém é normal. Assim sendo, como eu seria por ela retratada? Com o carisma, com a curiosidade infantil e aparente alegria da Clarissa? Ou com o carisma da realizada matrona Sally que “ saiu fora da curva”? – quem poderia imaginar: logo Sally, tão “prafrentex” em sua juventude...? Ou como pobre Septimus que teve um gesto considerado, por muitos, como insano? Ou como os demais: Peter Walsh ( o eterno apaixonado por Clarissa ), o cativante Richard ( na minha opinião, claro) ou até mesmo o insuportável Hugh? É, ainda bem que não intenciono viajar para Londres. Agora, brincadeira de mau gosto à parte (mas acho que a brincadeira se deveu à necessidade de resgatar a serenidade que a leitura me roubou) já que em Mrs Dalloway Virginia traz à tona, de um modo peculiar, a angústia existencial e questões igualmente angustiantes, como Os Efeitos Devastadores da Guerra, A Homossexualidade, O Feminismo – que eu, sinceramente, não encaro como tal, e sim como simples Direito da Mulher, como o direito ao voto, O Terror de quem necessitava de Tratamento Psiquiátrico e também A Passagem Implacável do Tempo. Enfim, Mrs Dalloway trata-se de um livro denso, e não me deixou incólume- como deu para perceber-, mas nem por isso ( ou talvez por isso) me impediu desfrutar de uma leitura inebriante.


Flávia 11/09/2016minha estante
Que resenha maravilhosa! Deu até vontade de reler... O livro "As Horas", de Michael Cunningham (baseado nesse romance), tb é incrível, Dirce. Recomendo fortemente depois de ler Mrs Dalloway. Não é um "as ondas" (meu livro favorito da vida) mas...


Nanci 11/09/2016minha estanteDirce, Sua resenha está prestes a me fazer ler Virginia... por enquanto, não gostei do que li, mas fiquei motivada a outra tentativa.

Parabéns pelo texto.


DIRCE 13/09/2016minha estanteObrigada, Flavia. Acredita que , duas vezes, eu via a chamada do filme As Horas ( na TV fechada) , mas não consegui assisti-lo.

Você me despertou a vontade de ler as Ondas.


DIRCE 13/09/2016minha estanteOi Nanci! Mas você gosta do estilo fluxo de pensamento...

Já eu ,depois que começo, me envolvo, mas sempre me assusta, exceto a Clarice Lispector.


DIRCE 13/09/2016minha estante
E obrigada.


Flávia 13/09/2016minha estante
Que bom! Espero que goste!!


Manuella 14/09/2016minha estante
Que delícia de resenha, Dirce. Li recentemente Dalloway. Fiquei incomodada com a escrita de Virgina. Ela era um desafio, eu tb tinha medo! Agora gosto muito dela e quero ler outros. Segui um caminho que me facilitou: primeiro uma biografia para entender um pouco esse mundo complicado da autora. Aí sim, compreendi a inspiração para as personagens. Como Virginia sofreu na vida! Isso porque só conhecia o fim da história dela... sabendo da infância, perdoo Virginia por qualquer coisa. Que personalidade instigante!


Flávia 14/09/2016minha estante
Voltando as ondas, Dirce (ahora que estou mais inspirada rs), para mim não foi um livro: foi uma experiência. O enredo não teve 5 personagem como descrito. Teve 6. Eu tbm estava la. Toda a leitura estive submersa nas ondas dos pensamentos dos personagens, que era constantemente interrompido pelos meus, roubando a cena e compondo capítulos a parte. Num mergulho forte na introspecção, as ondas foi um dos poucos livros que me fez chorar, mas não por uma cena emocionante vulgar, chorar pela emoção e o privilégio de estar vida. A passagem do tempo e a brevidade da vida foi ali explorada magistralmente. Eu poderia te falar muito mais, mas sou suspeita a falar de Virgínia... espero ter te instigado ainda mais a leitura. Um abraço.


DIRCE 19/09/2016minha estanteQual o nome da bibliografia que você leu, Manu?

Obrigada pelo elogio.


Manuella 19/09/2016minha estante
Li Virginia Woolf, da Alexandra Lemasson.


DIRCE 19/09/2016minha estante
Obrigada.


DIRCE 21/09/2016minha estante
Corrigindo. Manu: biografia. Obrigada. Vou procurar.


DIRCE 21/09/2016minha estanteFlavia, Você me deixou muito entusiasmada. Chegou o meu exemplar que acabei de comprar, mas não reparei que era uma edição de bolso. As letras são minúsculas, vou precisar de uma lupa. Essas sexagenárias... Meus sais.


Kaonny 16/10/2016minha estanteDirce, as horas é um livro belíssimo. Eu fiquei empacado no início por conta do peso da história. Chorei ao ler a carta.Antes tinha lido a biografia da cosac e fiquei mais e mais interessado nessa moça genial. Dalloway,Orlando e teto são leituras encantadoras.Preciso(amos)* de mais Virgínia Woolf

Louco pra ler Os anos e Ao farol.


DIRCE 16/10/2016minha estante
Geentee, vocês estão me torturando. Quero ler tudoooooooo.


Manuella 16/10/2016minha estante
Dirce, eu tb quero. Acho que ler os contos nos dá um aperitivo da força de Woolf. Como o Kaonny indica os romances, fico ainda mais curiosa, apesar de saber que são leituras mais exigentes. Virginia é para os atentos e os que não têm pressa, dos que apreciam a introspecção, por isso me encantou.


Kaonny 17/10/2016minha estante
Tem o filme de Orlando, com Tilda Swinton. Belíssimo e um atrativo para a obra de Woolf. Esse é outro romance que fisga o leitor. A começar pela história real que circula o livro.


NaV 03/08/2017minha estante
Compartilho de sua opinião, sou uma admiradora de Virginia, mas mantenho uma distância segura, hahah. Estou gostando muito de suas resenhas. Você possui essa coleção (grandes nomes da literatura, folha)? Penso em comprar, mas tenho medo de me decepcionar com a qualidade. Grata.




anoca 24/09/2020

tão bom que DÓI


Definitivamente é uma obra que exige releituras. Eu mesma tive que ler diversas partes muitas vezes pq a autora permeia o livro com fluxos de pensamentos que se arrastam nos eventos de um único dia porém ao mesmo tempo conhecemos a história dos personagens em ritmo frenético. Muito sendo apresentado e com uma sensibilidade assustadora. Ótimo primeiro contato c a Virginia, quero ler tudo que ela já escreveu.


Maria 24/09/2020minha estante
Preciso reler. Definitivamente.


Maria 24/09/2020minha estante
Que tal "Passeio ao farol"? Ainda não li, mas é considerado uma verdadeira obra-prima :P Bora?


anoca 26/09/2020minha estante
Mariaaa, vamos ler sim, quando vc pretendia começar?


Maria 26/09/2020minha estante
Estou lendo outros livros, mas não me incomodaria em iniciar Passeio ao Farol.


anoca 26/09/2020minha estante
Infelizmente eu só consigo daqui 1 mês mais ou menos :( mas caso queira começar antes, vou amar acompanhar teus históricos de leitura




Paloma 21/12/2021

Toda a vida em um só dia

Um dia vale a vida toda. É a partir dessa premissa que Mrs Dalloway, tão educada e convidativa, segura na mão da leitora e vai a conduzindo por um dia de verão londrino. Sem surpresas, Clarissa evidencia que suas pretensões não são mirabolantes, ela decide ir sozinha à floricultura escolher as flores para a festa que está organizando e que ocorrerá no fim desse mesmo dia. E é a partir desses eventos cotidianos e ordinários do dia-a-dia que embarcamos em um mundo de perspectivas e complexidades a medida que a narrativa vai nos inserindo, sem aviso prévio, na mente de cada um dos personagens que cruzam o dia de Mrs Dalloway. Clarissa Dalloway, uma mulher pertencente à aristocracia londrina, optou pelas escolhas que mais lhe trouxessem segurança na vida. Ao invés de casar com seu grande amor da juventude, Peter Walsh, ou com o seu amor-descoberta, Sally, escolheu a estabilidade e o conforto proporcionados por Richard Dalloway. Um lar bem estruturado, uma posição social confortável, papéis sociais a serem cumpridos, filha para criar. Uma vida pacata e dentro das normalidades foi isso que Mrs Dalloway escolheu para si. E é isso que ela faz nesse seu dia de verão londrino, passeia pela cidade, vai a floricultura, se preocupa com o vestido a ser usado em sua festa, com a organização da festa em si, enquanto somos apresentados a um universo inteiro de questões e complexidades da vida dela em si e dos que cruzam seu caminho nesse dia. Um verdadeiro passeio no presente, passado e no interior de cada um dos personagens. Um desses que por muito pouco não cruzou com o caminho de Clarissa, mas está intimamente conectado a ela, é Septimus Warren Smith. Um veterano, sobrevivente da Primeira Guerra Mundial, que está passando por um processo doloroso e deprimente de estresse pós-traumático pelos horrores vividos e presenciados na guerra. Septimus é alguém que se coloca no extremo oposto da vida de Clarissa. Enquanto ela almeja a estabilidade da vida, ele sofre com normalidade da mesma. Se contorce com o mínimo de estabilização das práticas ordinárias da vida. Septimus não aguenta viver tendo que performar o cotidiano quando, dentro de si, lateja os sofrimentos recém vividos nos campos de guerra. Ele quer se entregar à insanidade. Ele não aguenta a estabilidade. Ele odeia a tentativa de seguir em frente como se nada tivesse acontecido ou houvesse sido superado. Como sofre Septimus. São tantos psiquiatras que já lhe consultaram? como sofre, conjuntamente, Rezia, sua esposa, que branda aos céus para que seu marido volte ?ao normal?, que a insanidade não o domine, que a alegria de viver seja retomada em suas vidas. Septimus foi eleito meu personagem favorito. Apesar de todo sofrimento em torno de sua história e de seus pensamentos, ele, de todos, é o mais vivo e sensível. Clarissa perdurou por muito tempo sendo uma incógnita, mas suas pretensões são totalmente justificáveis. A verdade é que Clarissa e Septimus funcionam como o duplo um do outro. Mrs Dalloway luta constantemente para se manter dentro dos padrões da normalidade e sanidade, enquanto Septimus se entrega aos mais dolorosos sentimentos advindos de suas experiências, abominando a estabilização.

Nesse romance, temos de tudo um pouco. De passeio desavisado na mente de cada um dos personagens, até críticas fortíssimas a Primeira Guerra, aos tratamentos psiquiátricos desumanos, tem-se a abordagem do sofrimento, do suicídio, da loucura. Da frivolidade do dia-a-dia e do quão cheio de questões são os seres humanos, ainda que eles tenham decidido acordar uma bela manhã e ir, eles mesmos, comprarem as flores para a festa. Que delícia foi passear pelas palavras de Virgínia Woolf, que consegue de maneira estonteante transformar um passeio pelas ruas de Londres em uma longa e instigante viagem pelo interior de si e dos outros.


Carolina.Gomes 21/12/2021minha estante
Tenho q retomar a leitura.


Paloma 21/12/2021minha estante
Você vai gostar!


Alê | @alexandrejjr 10/02/2022minha estante
Que maravilha de texto, Paloma! Parabéns por compartilhar com exímia clareza a tua experiência conosco!


Paloma 11/02/2022minha estante
Obrigada pela generosidade, Alê




Grazi @graziliterata 16/04/2019

Aquele dia chato com uma festa chata e com pessoas chatas

Juro que até agora eu não entendi direito o que a Virginia quis faz com esse livro. Já começa que esse livro não é dividido por capítulos, não tem pausa. Nunca vi nenhum autor fazer nesse estilo, porque é cansativo ler um livro desse jeito. Ela quis narrar um dia em 224 páginas, até aí beleza, mas um dia chato em 224 páginas, imagina só como é. O ponto alto do livro é uma festa onde ela vai reencontrar amigos da adolescência e um deles foi seu grande amor. Mas pensa em um grupo de pessoas em que não tem uma pessoa legal que se pode salvar, são as pessoas desse livro. Ainda bem que eu peguei esse livro em uma promoção que a LEPM fez de colocar ele como gratuito no Kindle; porque de verdade, eu só terminei de ler porque eu li em ebook E pelo celular, se não fosse assim teria abandonado o livro, ou iria demorar muito mais pra terminar.

Talvez eu tenha começado a ler Virginia pelo livro errado. Quem já leu mais de um livro dela, por favor me indiquei um bom mesmo.


Anna 29/07/2019minha estante
Primeiro livro que to lendo dela, comprei pq pensei que seria bom mas também não to gostando


Grazi @graziliterata 30/07/2019minha estante
?, eu ainda vou tentar ler outros. Talvez tenhamos começado pelo livro errado.


Leandro.Paiva 02/11/2019minha estante
Não tem personagens legais,porque a vida é assim.As pessoas são chatas,a vida do homem contemporâneo é chata,a sociedade é chata e fútil.E no livro ela mostra isso de forma genial,como a melancolia e o tédio estátao presente em nossas vidas.Classico.


She King 27/03/2020minha estante
Esse livro é chato, não gostei de ninguém, e nao entendi nada, podem me chamar de burra mas que livro é esse.




Natália Tomazeli

19/05/2019

Virginia Woolf é Virginia Woolf, não adianta tentar achar igual a ela, não há!

"Que maravilhoso!" murmurava, cutucando Septimus para que também reparasse. Mas a beleza permanecia atrás de um vidro.. Mesmo o paladar (Rezia apreciava sorvetes, chocolates, doces em geral) não lhe trazia o menor prazer. Ele pôs a xícara de volta na mesinha de mármore. Contemplou as pessoas lá fora; pareciam felizes, aglomerando-se no meio da rua, gritando, rindo, discutindo por ninharias. Mas ele não podia provar daquilo, não podia sentir. No salão de chá, entre as mesas e os garços loquazes, ele foi invadido por um pavor horroroso - não sentia mais nada. Conseguia argumentar, conseguia ler. Dante, por exemplo, com bastante facilidade ("Septimus, largue esse livro", dia Rezia, fechando suavemente o Inferno); conseguia calcular a despesa; seu cérebro estava perfeito; a falha portanto, deva estar no mundo - por ele não conseguir sentir mais nada." Eu quero escrever essa resenha expondo tudo o que nunca me disseram e tudo o que eu nunca li sobre esse livro nas resenhas que eu li por aí. Então vou dispensar direto e reto falar sobre “ah esse livro é difícil, monótono, melancolia, parado, lento, nada de surpreendente, blá, blá, blá”. Todo mundo já leu isso em algum lugar. Então vou partir do princípio que você já tá sabendo disso...Também nem quero discutir se isso é real ou não, porque acredito muito mais que isso seja uma perspectiva mais individual (até porque eu não achei nada disso, particularmente) do que o livro mesmo. Vamos sair do lugar comum um pouquinho e dar uma olhada em outras coisas... Primeiro lugar, esse é um livro com uma narrativa bem única. Acho que tá aí onde as pessoas dizem que esse é um livro difícil. Eu mudaria a palavra difícil para diferente. É um livro com uma narrativa em fluxo de consciência e eu nunca tinha lido um livro assim antes (acredito que a maioria das pessoas que vão ler Mrs. Dalloway também não, visto que esse tipo de narrativa não é nada comum). Pra explicar rapidinho como funciona a narrativa em fluxo de consciência: trata-se de uma técnica literária em que quem tá narrando não narra só os pensamentos dos personagens nem só o que tá acontecendo de “ações”, e sim tudo junto e misturado. Além disso, pode ser que o narrador cite algo que o personagem faria ou alguma lembrança do passado, algum diálogo também, tudo assim entrelaçado e sem aviso mesmo. Tá tudo no presente, no passado, no futuro, só que geralmente tudo no mesmo parágrafo também. É, obviamente algo bem não-linear e bem fora da curva do formato padrão que estamos acostumados a ler, o que logicamente faz muita gente se perder, ficar meio confuso, claro. Mas, desculpa quem não gosta, mas fiquei encantada demais com estilo de escrita! E honestamente, essa narrativa faz todo o sentido aqui e arrisco a dizer que o livro não seria nada sem ela, é a essência da história toda! Fiquei com a sensação de conhecer muito mais os personagens, muito mais as coisas que estavam ao redor, os sentimentos. Se conectou muito mais comigo do que se fosse mais um dos mil livros de época que temos por aí e que vou falar a verdade, nunca me chamam a atenção. Devo dizer que também não sei muito bem porque fui ler logo Mrs. Dalloway como primeiro romance da autora. Já tinha lido Virgínia Woolf antes, mas somente ensaios, mas acho que ela é a autora com a escrita mais bonita e perfeita que já li, então sempre quis ler mais coisas que ela tivesse escrito. Fora que a história de vida dela me chama muito a atenção. Agora, depois de Mrs. Dalloway, se tornou minha autora preferida, sem sombra de dúvidas. Enxergo a Virgínia como sendo na literatura o equivalente ao que Frida Kahlo é nas Artes Plásticas. Ela coloca muito da dor e do sofrimento dela nas suas obras, assim como a Frida faz. Por meio das obras que elas vão contando a sua história, sua vida. Respira literatura, assim como Frida respira arte. Isso é incrível! Outro ponto são os assuntos nada comuns para a época abordados NA CARUDA! Aqui tudo é uma grande crítica à sociedade londrina da época. Pra quem não sabe, a primeira publicação do livro foi feita em 1925, onde tipo, sei lá, cagar era um grande tabu. Tudo era tabu, era proibido, etc. Daí a Dona Virginia vem e simplesmente PAH, joga temáticas como: bissexualidade, patriarcado, doenças mentais, feminismo. Tipo, porque ninguém mais tá exaltando isso nesse livro? Não entendi, porque eu quase dei um berro de tão chocada quando eu li esse trecho, por exemplo: “Ela fazia ideia do que lhe faltava. Não era a beleza, nem a inteligência. Era algo central que se irradiava; algo caloroso que rompia as superfícies e agitava o frio contato entre homem e mulher, ou entre duas mulheres. Pois isto ela conseguia perceber vagamente. E se ressentia, tomada de um escrúpulo adquirido sabe-se lá onde, ou, como lhe parecia, enviado pela Natureza (sempre tão sábia); mesmo assim, às vezes não conseguia resistir ao fascínio de uma mulher, não de uma garota, mas de uma mulher que lhe confessasse, como elas costumavam fazer, alguma de suas enrascadas, alguma de suas aventuras. E talvez por comiseração, pelo fato de serem belas, por ela ser mais velha, ou por um motivo acidental – um perfume sutil ou um violino soando no aposento vizinho tão estranho é o poder do som em certos momentos), sem dúvida ela sentia então o que sentem os homens. Apenas por um instante; mas bastava. Era uma revelação brusca, um débil matiz como um rubor que se tenta conter, mas logo se espalha, e nada resta a fazer senão abandonar-se a essa expansão, e segui-la até o ponto extremo e ali ficar tremendo, sentindo o mundo se acercar, repleto de um significado assombroso, uma pressão arrebatadora que rompia a pele fina e jorrava e se derramava, como um bálsamo extraordinário, sobre as fissuras e as feridas.“ Me surpreendo por ter encontrado isso assim, bem despretensioso, em um livro de 1925 e encontrar isso meio que quase nunca nos livros hoje em dia meio que quase 100 ANOS DEPOIS. É pra se questionar, no mínimo! Eu me questiono isso até agora. Quantos livros com mulheres que amam mulheres, que se relacionam com mulheres, como protagonistas escritos no século XXI, você se lembra de ter lido nos últimos meses? Difícil, né? E nos últimos anos? Melhorou? Duvido que sejam muitos, mesmo assim, deve dar para contar nos dedos, aposto. Porque eu com certeza conto nos dedos os que eu li, mas também não sei se sou um bom exemplo, fica aí a reflexão(e também tô me esforçando bastante (de verdade) pra mudar esse quadro). Imagino o que esse livro não deve ter causado de rebuliço na época, porque até hoje não se fala direito disso em nenhum âmbito da vida, e olha que estamos em 2019, imagina em 1925! Corajosa é pouco pra defini-la! Um marco histórico seria o ideal... (e foi o que se tornou esse livro, né?). Outra coisa bem tabu que ela abordou aqui, foi a questão “suicídio”. No outro livro dela que eu li, “Um teto todo seu” ela até comenta que o suicídio era considerado crime na Inglaterra até o ano de 1961. Pois é. Não sei se preciso citar toda a questão feminista que ela aborda, o que para os padrões da época é de novo surreal. O livro todo é uma crítica feminista sutil e não sutil. O cerne da questão aqui é criticar o patriarcado MESMO. De novo, 1925! Não sei, mas essas questões sendo abordadas aqui me chamaram muito a atenção. Talvez seja até um certo preconceito meu com os livros de época, mas eu sempre tive uma visão de que eles nunca abordavam nada interessante de verdade. Hoje eu olho pra isso me acho uma panaca, na real hueheueheu Toda essa coisa de Virginia Woolf pegar um dia comum e sem nada de especial e tornar disso uma história completamente original, real e sensível é algo que poucos conseguem fazer, até hoje. Por isso ela é essa autora incrível, atemporal, única, indescritível! Eu poderia ficar aqui falando e falando desse livro, mas ficaria muito gigante (já tá). Então finalizo dizendo que esse é um livro totalmente necessário, porém para poucos, mesmo eu amando, tenho que reconhecer isso... Afinal, se fosse tão “ok”, se tratando de mim, não se tornaria um dos meus livros preferidos de todos os tempos... Faz meu tipo gostar de livros assim, meio controversos, meio complexos. É uma leitura e tanto. Vá se tiver preparadx e se não tiver, espere estar! Ainda bem que eu esperei...

"É certo que fora expulso de Oxford. É certo que fora um socialista, uma espécie de fracasso. Mesmo assim, refletiu, o futuro da civilização está nas mãos de jovens assim; de jovens como ele havia sido, trinta anos antes; entusiasmados por princípios abstratos; fazendo com que livros fossem remetidos desde Londres até o topo do Himalaia; estudando ciência; estudando filosofia. O futuro está nas mãos de jovens assim, pensou."


Carolaine - @leiturasuivantes 15/06/2019minha estante
Resenha perfeita! Fiquei sem palavras.


Natália Tomazeli 15/06/2019minha estante
Ai, obrigada! Eu é quem fico sem palavras palavras para um elogio desses rsrs


Rafa Fiori 20/06/2019minha estante
Que resenha maravilhosa!!


Natália Tomazeli 24/06/2019minha estante
Muito obrigada, Rafa, fico super feliz que você tenha gostado!




Talita Teles 02/04/2022Socorro, que agonia foi ler esse livro, demorei uns 2 meses pra conseguir terminar (me forçando s continuar).

No começo eu não estava entendendo nada, no final parecia que eu estava no começo.


Day 02/04/2022minha estante
?Agora fiquei com medo e olha que a minha edição é mais antiga?


Talita Teles 02/04/2022minha estante
Nossa, espero que você goste da narrativa. Pra mim foi uma tortura entender rs


sofia :) 13/04/2022minha estante
eu to lendo ainda e to me sentindo assim


Talita Teles 14/04/2022minha estante
Boa sorte Sofia rs




Ian 02/03/2016

Não rolou...


Maçante é pouco pra definir essa leitura. Sem atrativo, sem graça, enredo pouco construido. Os personagens são bem montados, isso é verdade, mas a trama é muito pobre, não cativa o leitor, não cria expectativas para a continuação da leitura, fica sempre na mesma marcha lenta. Não sou de abandonar livros, mas confesso que por vários momentos fiquei bastante inclinado em tal conduta. Foi minha primeira leitura da Virginia W., tenho outros materiais dela em mãos, darei nova chance mais pra frente, e espero sinceramente que ela me surpreenda.


Lucas Brelaz 29/04/2016minha estante
Vou evitar esse livro por enquanto, li ''A paixão segundo G.H'' e me senti enjoado e sem vontade de lê-lo. Valeu pelo aviso.


Kátia Predebom 20/06/2016minha estante
Se você nao gosta de leitura mais lenta V.W. nao é pra você... Acho esse livro genial e mais genial ainda A Paixão Segundo GH. Clarice lispector e Virginia são duas que sabem tratar coisas muito profundas no ser humano, elas lidam muito com o sentimento e de forma sutil, se vocês não conseguem captar isso nos livros, ou nao gostam de livros assim, realmente acaba se tornando uma leitura bem pesada.


Priscila 05/07/2018minha estante
Concordo com seu sentimento em relação ao livro pois eu também tive dificuldade em lê-lo, não por ser difícil, porque não é, mas por ser maçante. É essa a palavra que também vem a minha mente quando penso no livro.


She King 03/12/2019minha estante
odiei simples assim




Rayza 21/04/2022

Fluxo de Consciência

A genialidade com que Virginia consegue descrever varias vidas inteiras em 24h é uma coisa que só se pode sentir e refletir. Nem todos vão considerar esta obra fácil ou interessante. com um constante fluxo de consciência, Virginia pula de mente em mente sem aviso, sem capítulo, sem divisão; vai de temas banais, como sair para comprar flores para uma festa, à temas de necessária reflexão sobre a vida, a guerra, depressão, suicídio, política, doenças mentais, casamento, filhos, sexualidade, e tudo mais para onde a mente possa viajar; e isso é genial, ver a forma como nossa mente é inconstante, como vai de zero a mil em segundos; o que pensamos da vida, o que fazemos da nossa vida; satisfação e insatisfação; significado.

já quero a obra completa da Virginia; simplesmente poética!



V

06/02/2021

Mrs. Dalloway way and way

Essa é a parte que vou escrever algo sobre o livro, espero que possa ser claro, mesmo não tendo entendido bulhufas. Bulhufas. Será que essa palavra existe ? Pensou Vinicius. Mrs. Dalloway apresenta a vida contidiana, um dia da vida contidiana de Mrs. Dalloway, mas não somente dela, inclusive a maior parte do livro não é com ela e sim de pessoas que cruzam o seu caminho, uma teia de personagens que de alguma forma convergem a ela. Mesmo o enredo sendo decorrido em um dia podemos vislubrar diversos momentos da vida de cada personagem atrás de suas lembranças, passando por memórias das mais corriqueiras e muitas vezes de aparência insignificante a momentos cruciais para a vida dos personagens, mostrando que cabem muitos momentos em um só momento,uma infinidade no pensar. Não há mistérios, não reviravoltas, não há propriamente uma trama, apenas a vida, um dia, como ele é. Confesso que foi uma experiência árdua ler, tem de dar um tempo para a leitura engrenar, depois desse tempo até que as coisas fluem, as vezes até interessante, mas na maioria das vezes não que fechava o livro não queria voltar a lê-lo. Para quem quer se aventurar no fluxo de consciência de Virginia Woolf sugiro paciência e concentração ou se verá perdido em seu próprio fluxo de consciência.

Mas algo para acrescentar? Acho que assim está bom. Tô com fome, queria uma pizza. Mas tô tão gordo. Quer saber, só se vive uma vez ! É bom dá uma revisada na resenha. Quer saber, só se vive uma vez!


Gabi 16/02/2021minha estante
hahaha peguei a referência do seu fluxo de consciência!


V 17/02/2021minha estante
?


Bruno.Rafael 06/06/2021minha estante
Rapaz, é um livro que não tem caminho. Ficava me perguntando: mas para onde esse livro está indo? Pois até agora não está indo para lugar algum. Ele não tem um caminho, ou vários caminhos ele tem. Como se não tivesse uma objetividade, pelo menos não tão explícita. E o final, putz! É como todo o resto.


V 06/06/2021minha estante
Sim, esse livro não tem um norte, você lê e lê eu não entende o que ele quer contar, talvez o grande objetivo seja apenas a forma que é escrito.




karen 13/05/2021

um passeio por Londres e pela mente humana

a experiência de ler mrs. dalloway, uma das principais obras da modernista virginia woolf, é fantástica, inigualável! em uma obra marcada pelos fluxos de consciência (tão característicos da autora), que enriquem com detalhes e impressões a leitura, e pela ausência da linearidade dos acontecimentos, somos colocados diante da vida, em um único dia, de dois personagens que, embora não se conheçam de fato e tenham notórias divergências, compartilham de certas angústias, inquietudes e pensamentos acerca de suas próprias existências, sobre o mundo em que vivem e suas interpretações dele: clarissa dalloway, uma mulher aos 50 anos, casada com um conservador integrante do parlamento, que está se preparando para dar uma festa para a mais alta classe inglesa; e septimus warren smith, um ex-soldado que foi obrigado a voltar à vida em sociedade após os traumáticos acontecimentos da primeira guerra e que se vê, ao lado de sua infeliz esposa, mais uma vez à espera de uma consulta com um psiquiatra. o leitor é levado a uma viagem instigante pelas ruas londrinas e pela mente não apenas dos protagonistas, mas de todos os que algum dia se fizeram presentes na vida de ambos, mostrando assim que o hoje não é estático nem isolado, mas estabelece uma íntima relação com o passado e o futuro. em suma, uma leitura fluida, intensa e prazerosa que nos apresenta a genialidade de virginia woolf e que disseca, com delicadeza, a mente humana, trazendo a monumentalidade de uma vida em um único dia.

um clássico e um de meus livros favoritos!


Nepo 13/05/2021minha estante
Não consegui terminar esse livro quando li ano passado. Mas acho que vou dar uma chance, dps dessa resenha kkkkkk


karen 13/05/2021minha estantesério? fico feliz que minha resenha te motivou a dar uma segunda chance pro livro kkk

mas de verdade, é um romance incrível! você devia mesmo tentar relê-lo. confesso que no início fiquei bastante confusa, mas depois tudo me cativou tanto e me deixou tão intrigada que até reler aquela frase inicial de "mrs. dalloway disse que iria ela mesma comprar as flores" me deixa emotiva e ganhou um significado novo e profundo


Nepo 13/05/2021minha estante
Estou convencida!!




Aline Teodosio @leituras.da.aline 15/03/2018Tudo começa quando Clarissa, a personagem que dá título ao livro, resolve dar uma festa e decide comprar flores. Toda a narrativa se passa durante um único dia. Mas não se engane com as poucas páginas dessa obra, ela não é simples e nem fácil de se ler. É contada através do chamado ?fluxo de consciência?, em que mergulhamos nos pensamentos dos personagens. Por exemplo, imagine uma pessoa andando na rua, esta pessoa vê uma cena e em seus pensamentos começa a divagar sobre aquilo, e aquilo a faz lembrar um outro fato que lhe aconteceu ou aconteceu com outra pessoa, e depois puxa para um outro tema e assim infinitamente. Mas espere, não basta apenas mergulhar nos pensamentos da Clarissa; porque de repente ela esbarra ou cruza com outra pessoa e esse fluxo de pensamento agora passa a ser o do outro, e recomeça tudo outra vez... Divagações, divagações, divagações... A verdade é que Mrs. Dalloway é um livro com enredo simples, mas escrito de forma demasiada complexa. Nada de extraordinário acontece, mas há um aprofundamento em assuntos absolutamente banais. Muito bem escrito, com uma linguagem rebuscada e elegante, mas absurdamente enfadonho e maçante.

Dizem que é o tipo de livro que ?toca ou não toca?. Embora hajam alguns quotes que mereceram destaques, definitivamente, não me tocou.


Cássio Costa 15/03/2018minha estante
Que livro doido ! Parece legal e parece chato.


Aline Teodosio @leituras.da.aline 15/03/2018minha estante
Hahaha.. É chato!


Nanda 08/04/2018minha estante
Descrição perfeita do livro. Tb não me tocou...




Ari Phanie

14/01/2022

"(...) ela dissecava tudo feito lâmina afiada."

Minhas leituras prévias de Virginia Woolf me encantaram e me entusiasmaram. Os ensaios dela sobre gênero me pegaram; eram inteligentes, sutilmente ácidos e elegantes, e eu esperava que os seus romances me trouxessem uma experiência similar. Bom, com Mrs. Dalloway não foi o caso. Eu esperava muito desse livrinho, comprei até uma edição carissíma achando que não teria erro. Mas logo no começo, eu soube que esse não seria fácil. Mrs. Dalloway é um clássico, um desses que nunca vão ser esquecidos pelo tempo. Eu ouço falar dele desde que me entendo por gente, e mesmo assim, nunca tive curiosidade sobre. Não sei dizer porquê, mas alguns livros simplesmente não me interessam, suas sinopses não me motivam, e normalmente esses são sempre livros que quando e se eu pego para ler, de fato, não me agradam. E foi mais uma vez o caso com a mais famosa obra da Woolf. Isso quer dizer que eu achei o livro ruim? Não. Só não foi o tipo de leitura que eu estava esperando ou estava preparada. Apesar de ser um romance narrado através de fluxo de consciência (não é minha forma preferida de narrativa), eu estava disposta a ler devagar e com toda a minha atenção, e logo no começo ficou claro que eu precisaria mesmo de toda a minha concentração porque estava sendo confuso pra cacete. Para além do fluxo de consciência, há pulos da mente de um personagem para outro. E esse outro personagem não é necessariamente importante na trama, pode ser só alguém que cruzou o caminho da protagonista ou de outro personagem central. E eu não preciso nem dizer que esse é um recurso bastante desafiante. Você acompanha um personagem pensando em algo trivial e do nada, no mesmo parágrafo, há uma transição de pensamento. Eu me acostumei, mas demorou e acho que essa foi minha principal dificuldade com esse livro. A protagonista do livro é Clarissa, uma mulher de meia-idade que acompanhamos durante um dia em que está organizando uma festa para a nata de Londres. Clarissa é uma personagem interessante, seus pensamentos são alegorias ao passado e ao presente, e seus sentimentos estão encobertos por um tipo de verniz, que vai se revelando ao longo do livro, mas não completamente. Se o livro fosse inteiramente focado nela, eu teria gostado mais. As partes dela foram as minhas preferidas, as que realmente me interessaram. O outro personagem recorrente do livro é Septimus, um homem perturbardo pelos traumas de guerra que sofreu uma quebra da realidade. E como deve ser, já que se trata de um personagem com sintomas esquizofrênicos, eu quase não entendia o que se passava nas partes dele. Tudo era delírio? Provavelmente, metade. O fato é que essas partes foram as piores para mim. Mas, ainda sim, eu gostei da abordagem sobre a doença mental. Afinal, era algo sobre o qual a Woolf tinha muito a dizer. Outro tema a que eu gostei de ver na história: bissexualidade. Na juventude, Clarissa se sentiu atraída tanto pela amiga, Sally, quanto pelo crush, Peter. Eu, particularmente, acho que ela gostava bem mais da selvagem Sally que do de Peter, que vamos combinar, é um chato de galocha. O cara só sabia criticar, claro que terminou a parada sozinho. Enfim, o livro traz muito do poder do privativo, da intimidade dos pensamentos, quase nunca acessíveis realmente na vida real, e isso pode ser cativante de ler, mas para mim, a transição de consciência não foi nada cativante. Eu espero que em minhas outras leituras da Woolf, já acostumada ao seu estilo, eu consiga sentir o enlevo que Mrs. Dalloway não despertou em mim. P.S.: Essa edição da Antofágica é linda. Ótima diagramação, cheia de ilustrações lindas, e notas de apoio. Mas não vale o valor que a editora estabelece para seus livros. São altamente inacessíveis, eu só consegui comprar por causa das promoções de fim de ano, e posso dizer com certeza, que pelo mesmo valor que paguei na promo, já paguei por edições da Companhia das Letras e Zahar que estão no mesmo nível de qualidade, com ilustrações, notas de apoio e tudo. A Antofágica deveria levar em consideração que nem todos os leitores podem pagar por edição de 80 paus, principalmente na atual realidade do Brasil. Todos merecem a chance de ter uma boa edição de um livro que querem muito, fica a dica.


Craotchky 14/01/2022minha estante
Ari, querida, minha experiência de leitura foi similar em alguns pontos. A peculiaridade da narrativa não me atraiu. Penso que é um livro que exige empenho de quem lê, e eu não estava disposto esse esforço quando li. Assim, fiquei sem realmente me conectar com a história. Como estou lendo outro livro dela (Os anos) lhe adianto que ao menos este é bastante normal enquanto narrativa. Bem comum mesmo.


Ari Phanie 15/01/2022minha estante
Acho que me faltou mais empenho também, e a alta expectativa não ajudou. Mas eu quero reler ele algum dia, mais pra frente. O próximo que vou ler é Ao Farol, provavelmente.


Craotchky 15/01/2022minha estante
Muito bem falado também




helenacruz 26/03/2021

Infelizmente não consegui acompanhar 100%


Gostei de alguns personagens, outros não. A maior dificuldade desse livro são as alternâncias de pensamento. Se o livro fosse na visão da Rezia ou do Septimus, iria gostar mais. Infelizmente não curti muito a parte da Clarisse...


Ingrid 26/03/2021minha estante
Tentei ler o livro e achei um porre... a personagem divaga e divaga em pensamentos e não chega a lugar nenhum. Isso melhora durante a leitura??


Faby 26/03/2021minha estante
Quando li também tive essa dificuldade.


helenacruz 28/03/2021minha estante
Não melhora viu Ingrid... é disso pra mais devaneios. Só que o livro da metade pro final fica melhor, pois temos os pensamentos de Septimus, Rezia e de outros personagens




Luiz 29/11/2009

Chato


O que dizer de um livro em que na página 01 a protagonista sai para comprar flores na esquina, e só na página 17 ela chega na loja? Brincadeiras à parte, e reconhecendo a importância da obra, eu não consegui ir até o final. Essa coisa de "fluxo da consciência" levada às últimas consequências não é para mim. Talvez o livro sirva mais para o público feminino ou gay. Admiro muito a todos que conseguiram ler até o final e gostaram da experiência.


Danilo 04/07/2012minha estante"Talvez o livro sirva mais para o público feminino ou gay." Hahaha achei engraçado, mas não concordo. Realmente esse livro é dificílimo de ler, a Clarissa fica emendando os pensamentos e me perco... Talvez eu tente ler em outra ocasião. Eu tentei ler, me esforcei mas não consegui... Deixa para próxima.


Marco Maia 14/06/2013minha estante
Danilo Itonaga, não perde seu tempo. O livro é chato do começo ao fim.


Luis.Otavio 26/04/2016minha estante
O livro é difícil, mas não é chato. Trata-se de uma experiência. No começo me causou muito estranhamento e me exigiu empenho, concentração. Mas depois que você se habitua e se deixa levar pela narrativa, você consegue perceber o valor da obra, se encantar com os personagens.





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