Amamentar emagrece, sim! Você pode ficar feliz por ler isso. A explicação é que para você produzir leite o corpo gasta bastante energia o que consequentemente te faz perder alguns quilos. Mas para a nutricionista Elaine Pádua, mãe de Isabella e Rafaella, também tem o outro lado da história: quando mais energia seu corpo gasta, mais fome você sente. Show “O corpo vai pedir carboidrato para repor energia e você precisa tomar cuidado nessa hora, porque ir pelo caminho dos doces pode parecer uma ótima saída, porém não é”, aconselha a especialista. Porém a gente sabe que o que acontece com a maioria das mães nos primeiros meses com o bebê em casa, principalmente se ficarem sozinhas com a criança, é não ter tempo para cozinhar alguma coisa e até mesmo pular uma refeição por causa da correria. A melhor opção é recorrer a um bolo ou lanche. Só que se você não tiver uma alimentação balanceada não adianta contar só com a amamentação para emagrecer. Planejamento é tudo Elaine disse para a gente que essa dica tem que estar no topo das suas prioridades. Se você planejar direitinho com a ajuda do marido, da mãe, da amiga, para organizar os alimentos que vai consumir durante a semana é sucesso! “Deixe os alimentos lavados e pré-cortados e se possível, cozinhe e congele as porções de cada dia”, orienta a nutricionista. Outra dica é optar SEMPRE por alimentos naturais. Frutas, legumes e verduras devem ser seus melhores amigos durante esse período. E claro, se algum membro da família (ou parentesco do coração, como uma amiga) puder te ajudar durante a semana, aceite! Esse é um momento da vida em que você vai precisar de vários braços direitos. Tem mais benefícios Comer direitinho (sinônimo para dieta saudável) te traz mais benefícios do que você imagina, como ajudar no Blues puerperal. “Durante a gestação a oscilação hormonal é enorme e quando o bebê nasce acontece uma queda brusca desses hormônios, o que costuma deixar a mãe mais triste, até deprimida”, comenta Elaine. De acordo com a nutri, existem alimentos que ajudam na produção de neurotransmissores – eles são conhecidos como alimentos da alegria: abacate e peixes estão no topo da lista. Principalmente o segundo citado, que melhora a comunicação entre os neurônios. Dê um rolê com o seu filho “Se possível, até porque cada uma vive um contexto diferente, caminhe com o seu bebê na rua para sair do ambiente da casa”, indica a especialista. Ficar bastante tempo sozinha no mesmo lugar pode aumentar a sensação de tristeza, respirar um ar diferente pode ajudar, até na dieta alimentar! Leia também: A prótese de silicone atrapalha a amamentação? Remédios e amamentação: saiba o que pode e o que não pode Dor na amamentação: 4 dicas para evitar o desconforto
Tenho uma filha de 5 meses e já estou mais magra do que quando engravidei e ainda como muito e de tudo...tenho muita fome. Vejam o artigo que explica o que acontece com o nosso corpo quando amamentamos. Muito bom saber, vou continuar dando de mamar, além de ser super saudável para ela. Veja aqui. Tem certeza de que quer apagar? A amamentação, além de todos os benefícios para a saúde do bebê e para o estreitamento dos laços entre mãe e filho, tem muitas outras vantagens para as mulheres lactantes. O ato de amamentar ajuda na perda de peso no pós-parto, reduz os níveis de colesterol, glicose e protege a mãe e o bebê dos riscos de algumas doenças.
Entre as diferentes dúvidas que surgem quando o assunto é aleitamento materno, como o medo de não conseguir realizá-lo e o que fazer a partir disso, a perda de peso em decorrência da amamentação é uma delas. Muitas vezes, a questão surge quando mães ficam receosas de que não conseguirão voltar ao que a balança mostrava antes da gestação. Já em outros momentos, ela acaba sendo associada com a potência do leite que está sendo ofertado para o bebê. Mas será que isso realmente tem ligação? Para sanar as principais dúvidas que se entrelaçam entre a diminuição de peso após o nascimento do bebê por meio do aleitamento materno, conversamos sobre o assunto com três especialistas. Veja o que é realmente verdade e aquilo que não passa de mito, resultado de pressões estéticas e da romantização da maternidade. 1. A amamentação faz a mulher perder peso no pós-partoVerdade. De acordo com a ginecologista e obstetra Isabel Botelho, da Unihclinic de São Paulo, para cada litro de leite ser produzido pelo organismo feminino, há um gasto de, em média, 800 calorias. Metade deste total é eliminado da ingestão alimentar diária da mãe e a outra parte é da gordura que foi armazenada na gestação. “Durante a gravidez, conforme a paciente vai ganhando peso e estocando gordura principalmente nos tecidos periféricos para suprir o bebê e suportar todas as demandas gestacionais, ela acumula esta gordura. Já ao amamentar, ela começa a queimá-la”, detalha a especialista. Assim, a perda de peso relacionada ao aleitamento materno acaba diretamente ligada com quantos quilos a mulher engordou durante a gestação e também com a quantidade de mamadas diárias do bebê. 2. Se a mãe não está emagrecendo, o aleitamento materno está erradoMito. Ainda que, quanto mais leite for ofertado ao bebê, maior o gasto calórico será, a perda de peso após o parto não está relacionada apenas à amamentação. Isabel pontua que, especialmente no puerpério, a mãe tende a ter restrição de sono em decorrência das mamadas e outras demandas do bebê. Esse processo influencia diretamente na produção de hormônios durante o descanso – substâncias estas ligadas ao processo de emagrecimento. Continua após a publicidade Outra questão importante é a análise da alimentação desta mulher. É normal que o aleitamento materno acabe gerando mais fome já que há um grande gasto calórico para que ele ocorra. Entretanto, é preciso atenção para que essa saciedade aconteça com alimentos saudáveis. 3. Quando a mãe não perde peso significa que o seu leite está fracoPuro mito! A pediatra e consultora de amamentação Jacqueline Padovesi enfatiza que não existe leite materno fraco. “Ele é personalizado para as necessidades de cada bebê, um verdadeiro alimento vivo que se modifica dia a dia. Para otimizar a sua quantidade de gordura, é necessário que o hormônio do amor, a ocitocina, atue livremente. Inclusive, algumas mulheres até sentem leves fisgadas durante a amamentação, que são os reflexos de ejeção de leite causados pelo hormônio”, explica a especialista. Em contrapartida, algumas mulheres podem enfrentar dificuldades para realizar a amamentação, principalmente porque ela não é um processo automático como acaba sendo dito. Além de aprender a pega correta, o entorno também precisa estar favorável a esta lactante. “Para liberar este hormônio é fundamental que a mãe esteja calma, em um ambiente confortável, sentindo-se acolhida por uma rede de apoio e no processo de fusão emocional com seu bebê. É por isso que mães que estão passando algum tipo de estresse podem ter mais dificuldade com o aleitamento materno. O psicológico conta muito!”, ressalta Jacqueline. 4. A amamentação é apenas um dos fatores que influencia na perda de peso no pós-partoVerdade. O apetite da mulher que realiza o aleitamento materno pode ser maior e, pela necessidade de praticidade devido as demandas do bebê, a primeira opção buscada pode ser fast-food ou outros tipos de alimentos práticos não saudáveis. Assim, uma alimentação desequilibrada é um dos fatores que contribuem para que a mãe não perca peso mesmo amamentando. Ainda segundo a ginecologista e obstetra Laura Penteado, diretora clínica da Theia, outro fator crucial que influencia neste processo é como era a rotina desta mãe antes da gravidez. “Se a paciente já estava acima do peso, ganhou muitos quilos na gestação, não praticava atividade física e era uma pessoa muito estressada, tudo isso reduz a velocidade do metabolismo da mulher”, detalha. Assim, a alternativa trazida pela especialista é fracionar a alimentação para que a lactante consiga sentir-se saciada sem aumentar excessivamente a ingestão calórica. E, a partir do momento que houver liberação do médico que a acompanha após o parto do bebê, vale retomar algum tipo de exercício físico em busca de um estilo de vida saudável. Só é importante não se esquecer que o corpo no pós-parto não é o mesmo – e tudo bem, porque você também não é. Como lembra a pediatra Jacqueline, os três primeiros meses após o nascimento do filho são reconhecidos como “quarto trimestre” e, por isso, o foco precisa ser a conexão com o pequeno. “Nele, o bebê é extremamente imaturo e necessita tanto do leite quanto da disponibilidade da mãe para realizar uma fusão emocional. Assim, é aconselhado que ela esteja voltada ‘para dentro’ para chegar a este ponto, pois se estiver muito preocupada com questões ‘externas’, dentre elas a pressa pela volta ao corpo ideal, estará perdendo a oportunidade de conexão com o bebê e depois poderá sofrer para alcançar o resgate emocional com a criança”, enfatiza. |