Por que o musculo treme

Esse tremor costuma ser uma resposta fisiológica do corpo ao excesso de esforço físico ou à liberação de adrenalina. Médico do Palmeiras explica

Você já sentiu que seus músculos tremem mais que britadeira durante um treino intenso? Antes de achar que é sinônimo de fraqueza, saiba que isso é mais comum do que parece. Tremores musculares relacionados ao exercício podem acontecer com qualquer pessoa, independentemente do seu nível de condicionamento físico. E são o resultado de contrações involuntárias causadas por excesso de estímulos ou novos estímulos ou ainda de espamos resultantes de descargas de adrenalina no corpo.

Em 2019, a modelo Gracyanne Barbosa compartilhou em sua conta do Instagram um vídeo em que aparece treinando as pernas, com o rosto angustiado, de quem está sofrendo e fazendo grande esforço físico. A influencer fitness faz uma sessão de seis repetições lentas na cadeira extensora e chega a ficar com as pernas tremendo. Ao lado, o personal grita: “Deixa tremer”.

Cenas como essas já viraram rotina em diversas academias por aí. Para entender melhor como todo esse processo acontece, o EU Atleta conversou com o médico do esporte e da Sociedade Esportiva Palmeiras, Gilberto Cunha, que também já atendeu atletas de MMA (Mixed Martial Arts) no The Utlimate Fighter-TUF Brasil e UFC Fight Night.

Por que o músculo treme?

Quando o corpo é submetido a uma rotina de treinos constantes, a intensidade dos exercícios tende a aumentar conforme o praticante evolui na realização das atividades. Nesses casos, os músculos recebem estímulos que exigem cada vez mais esforço físico, recrutando todas as fibras musculares e gerando os microtraumas responsáveis pela hipertrofia. Esse trabalho intenso pode gerar uma série de contrações involuntárias da musculatura, que permanecem até mesmo após o fim do exercício, levando à tremedeira. O problema maior acontece quando são cometidos excessos, mas o tremor em si, sem ser acompanhado por outros sintomas, não costuma ser perigoso.

– Esse tremor por esforço máximo pode ser visto como um alerta para não se pressionar muito além do limite. Exercitar-se de forma sustentada acima desse ponto e sem estar bem treinado pode aumentar demais a quantidade de microtraumas musculares, levando a maior risco de lesões – explica Gilberto.

Além disso, num treino, a adrenalina é liberada para preparar o corpo para os grandes esforços que os exercícios necessitam. A adrenalina é um hormônio ou neurotransmissor que atua promovendo o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue. Quando a adrenalina é liberada em grandes quantidades, pode causar espasmos involuntários, gerando tremores.

Por que o musculo treme
Músculos tremem quando são expostos à excesso de estímulos ou a novos estímulos durante a atividade física — Foto: Istock Getty Images

Vale lembrar que a tremedeira pode ocorrer com quem:

  • Não costuma se exercitar;
  • Ficou meses longe dos treinos e decidiu voltar a realizá-los com a mesma intensidade que antes;
  • Costuma se exercitar, mas sempre busca chegar ao máximo de esforço com o máximo de carga.

Gilberto ressalta que músculos que não são habitualmente trabalhados também costumam tremer quando são expostos a novos estímulos ou a aumentos das exigências.

É preciso reiniciar a rotina de alongamentos aos poucos, com os mais fáceis primeiro, até adquirir uma sustentação maior para conseguir efetuar exercícios mais complexos com conforto.

– Deve-se tomar cuidado para não sobrecarregar de forma compensatória outras estruturas, como articulações e tendões. A perda de controle do movimento sugere que se reduzam as cargas ou se aumente o tempo para a adaptação – acrescenta.

Os tremores continuam após o exercício?

As contrações musculares involuntárias, chamadas de espasmos musculares, costumam ocorrer após os exercícios, representando o estado de fadiga.

– Esses espasmos podem ocorrer imediatamente depois ou mesmo muitas horas após o fim das atividades. Nesses casos, as contrações indicam que os músculos foram submetidos a cargas de trabalho extenuantes e ainda não se recuperaram totalmente – comenta Gilberto.

Alta ingestão de cafeína

Pessoas que consomem estimulantes, como bebidas energéticas ou cafeína, também podem perceber aumento dos tremores musculares em função de estímulos que ativam o corpo muitas vezes de forma exagerada.

– Altos níveis de estresse emocional ou privação de sono também podem predispor a contrações espontâneas em diversos locais diferentes, como nas pernas, nos braços, nas mãos, no abdome e até mesmo ao redor dos olhos – explica.

Tratamento

O tremor dos músculos pode gerar alguma preocupação ou sensação de que algo está errado, mas Gilberto explica que geralmente não é necessário nenhum tipo de tratamento médico ou exame complementar.

– Mas quando outros sintomas estão presentes, como tonturas, palpitações, fraqueza, formigamentos, alterações urinárias ou alterações mentais, um médico deve ser consultado para investigar o quadro – acrescenta.

Deficiência de água, eletrólitos, baixos níveis de açúcar no sangue e distúrbios neurológicos devem ser considerados.

Prevenção: como reduzir os tremores?

Algumas dicas podem ser úteis para reduzir os espasmos. O médico recomenda:

  1. Uma boa hidratação;
  2. Alimentação balanceada;
  3. Alongar-se com regularidade;
  4. Progredir aos poucos o nível dos treinos, permitindo adaptação da musculatura;
  5. Reduzir o consumo de estimulantes (como bebidas com cafeína);
  6. Buscar ajuda para redução de estresse;
  7. Respeitar a necessidade de descanso do corpo, já que o sono é a principal ferramenta para uma boa recuperação e reparo muscular.

Fonte:
Gilberto Cunha
 é médico especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), possui mestrado em Ciências da Saúde Aplicadas ao Esporte e à Atividade Física e é sócio-proprietário da Pulse, empresa de medicina esportiva com vasta experiência no auxílio de desportistas e atletas profissionais. É integrante da equipe médica do Palmeiras.

Fonte: https://ge.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/2022/06/23/por-que-o-musculo-treme-durante-exercicio-entenda.ghtml

1 de junho, 2020

Por que o musculo treme

Já sentiu que seus músculos tremem mais que batedeira durante um exercício intenso? Antes de ficar assustado ou achar que é sinônimo de fraqueza, saiba que isso é tão comum quanto parece. Tremores musculares relacionados ao exercício podem acontecer com qualquer pessoa, independentemente do seu nível de condicionamento físico, idade ou sexo.

Os tremores musculares durante o exercício podem variar de tremor leve a extremo. Dessa maneira, pode ocorrer quando você está se exercitando ou quando os músculos estão em repouso.

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Além disso, também pode haver sintomas adicionais como cansaço, cãibras musculares e diminuição na muscular (a famosa massa magra). 

Por que os músculos tremem?

Os tremores musculares são causados por diversos fatores. Os músculos naturalmente diminuem e se alongam com a atividade física. Essas contrações acontecem normalmente, mas durante o exercício alguns músculos podem ficar fatigados, o que causa tremores. 

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Dito isso, os músculos tremem quando um exercício é novo, se você aumentar a intensidade ou até mesmo caso se exercite por muito tempo sem fazer pausas. Além disso, nutrição inadequada, hipoglicemia ou baixo nível de açúcar no sangue e falta de hidratação também podem causar tremores.

Como prevenir tremores musculares

Para prevenir seus músculos de tremerem, o recomendado é se mover enquanto descansa entre um grupo ou série. Por exemplo, em vez de se sentar, ande ou mude para um grupo muscular diferente. Isso ajudará o tecido a se recuperar mais fácil de exercícios intensos. 

Por fim, você também pode diminuir gradualmente a atividade física, permitindo que sua frequência cardíaca retorne lentamente ao normal, por um período de cinco minutos. O que ajudará a reduzir tremores e fadiga.

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Por que o musculo treme
Por que o musculo treme

Após um treino mais intenso, é normal sentir-se trêmulo ou mesmo sentir o que chamamos de espasmos musculares, ou seja, aqueles "tremeliques" ou "saltitos" que os músculos dão durante ou pós-treino. Na maioria das vezes, é natural que isso ocorra não sendo nada muito preocupante, porém devemos ficar atentos por quanto tempo esses tremores persistem, pois pode ser algum sinal.

As fibras musculares trabalham o dia todo auxiliando na movimentação do nosso corpo. Estudos sugerem que, quando esses músculos começam a tremer durante o exercício, pode ser por diversos fatores —desde fadiga até desidratação.

Uma pesquisa que rastreou os músculos instáveis até a exaustão ou fadiga, particularmente em exercícios que dependem da contração muscular rápida, mostrou que esses músculos são "mais inteligentes" do que parecem, dividindo a carga de trabalho entre as fibras, isto é, enquanto alguns trabalham, outros descansam, e, assim, se revezam. Mas, à medida que eles são desafiados, essa "troca de trabalho" pode ficar um pouco irregular, fazendo com que os músculos percam seu movimento constante, surgindo os sinais de tremores.

Outro fator pode ser a resistência muscular, pois se as fibras não se recuperaram completamente após o treino, os músculos são forçados a trabalhar mais do que o normal para acompanhar. Além disso, temos a desidratação, que faz com que os eletrólitos se desequilibrem e, dessa forma, o tecido conjuntivo tem problemas para realizar seu trabalho de forma efetiva —incluindo a transmissão de sinais do cérebro para as fibras musculares. Com uma mensagem distorcida sobre quando contrair, a sequência de disparo pode ficar alterada/desordenada.

Como notaram, existem várias causas possíveis para os tremores após o exercício, sendo que, na maioria dos casos, o tremor pós-treino não é sério, porém se você notar agitação prolongada, dificuldade ao respirar, tontura, vômitos ou desmaios, procure ajuda médica.

  • Fadiga muscular: A fadiga pode ser definida como o conjunto de manifestações produzidas por trabalho ou exercício prolongado, tendo como consequência a diminuição da capacidade funcional de manter ou continuar o rendimento esperado. A fadiga é também definida como uma falha para manter uma força requerida ou esperada. Além disso, a fadiga é um dos sintomas mais incapacitantes, tendo caráter multifatorial, podendo ser dividida em dois componentes: fadiga periférica (física) e fadiga central (mental). No aspecto fisiológico, a fadiga física seria explicada por deficiências na liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático, deficiência na síntese ou liberação de acetilcolina ou defeitos nos filamentos contráteis. Esses fatores levariam a uma menor produção de força e uma recuperação mais lenta, que seriam causadas por problemas na ativação elétrica do músculo e defeito no acoplamento excitação-contração ou no processo contrátil. Dessa forma a fadiga pode causar tremores ou espasmos. Outros sinais de fadiga muscular incluem fraqueza, dor, baixos níveis de energia. Se você tem fadiga muscular, geralmente significa que você trabalhou seus músculos ao máximo. É por isso que você tem mais probabilidade de desenvolver fadiga se tiver se desafiado com um treino mais difícil. Mas, às vezes, pode significar que você se esforçou demais. Se você estiver com dor ou não conseguir terminar o treino, tente reduzir a intensidade do seu exercício.
  • Posições isométricas: Tremores podem acontecer quando você mantém um músculo em uma posição por muito tempo. Você pode ter experimentado isso ao fazer pranchas ou um treino de barra. Isso se deve à atividade das unidades motoras. Algumas unidades motoras em seus músculos são usadas apenas para alguns movimentos e, quando você mantém o corpo em isometria, as unidades motoras dos músculos são ativadas para fornecer mais força. Isso pode resultar em tremores. Normalmente, você sentirá tremores nos músculos que estão sendo trabalhados.
  • Hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue): Seus músculos utilizam glicose como combustível e, quando você realiza exercícios, seus níveis de glicose podem se esgotar, especialmente se você se exercitar em um ritmo vigoroso ou por um longo período de tempo. Isso pode levar a um baixo nível de açúcar no sangue, também conhecido como hipoglicemia. Sem combustível suficiente, seus músculos podem começar a tremer e você também pode experimentar fadiga, fome, dor de cabeça, tontura, confusão, irritabilidade, fraqueza e taquicardia.
  • Desidratação: Manter-se hidratado é importante para manter os níveis de eletrólitos equilibrados. Os eletrólitos controlam a função de seus nervos e músculos. No entanto, dependendo da atividade física e também do nível de hidratação, você pode suar muito e perder água. O mesmo acontece se você se exercitar ao ar livre em um dia quente, pois, se você suar muito e ficar desidratado, poderá sentir espasmos musculares e cãibras. Outros sintomas de desidratação podem incluir fadiga, sede, urina escura, micção reduzida, dor de cabeça, tontura, fraqueza e confusão.
  • Alta ingestão de cafeína: Algumas pessoas --como eu -- gostam de beber café, ingerir bebidas esportivas com cafeína ou mesmo suplementos pré-treino/termogênico com cafeína. Essas bebidas que contêm cafeína podem ajudá-lo a ter disposição no treino, porém o consumo excessivo pode causar tremores afetando suas mãos ou outras partes do corpo. A ingestão excessiva de cafeína também pode causar taquicardia, tontura, insônia, náusea, diarreia e pressão arterial elevada.

Para prevenir os tremores pós-treino realize a recuperação e repouso de forma efetiva, se alimente de forma saudável (com fontes de proteínas e carboidratos), hidrate-se e realize alongamentos como treinos. Além do mais:

  1. Desafie-se gradualmente. Aumente a duração ou intensidade do seu treino aos poucos.
  2. Não esqueça de se alimentar antes e após o treino.
  3. Limite a ingestão de cafeína. Se você é sensível à cafeína, reduza ou evite antes do exercício.
  4. Aqueça e desaqueça. Antes do exercício, aqueça-se para preparar os músculos para o movimento e não pare o exercício abruptamente, desaqueça com calma.
  5. Hidrate antes, durante e após o exercício. Ingerir líquidos ao longo do dia pode ajudar a reduzir o risco de desidratação. Aumente a ingestão de líquidos se você fizer exercícios ao ar livre em climas quentes ou se fizer exercícios intensos.

Se sentir dor ou estiver com tonturas ou náuseas, suspenda o treino. Fique atento se os espasmos estiverem comprometendo seu desempenho. Não fique sem ingerir líquidos e evite exercícios de alta intensidade se estiver sem comer há muitas horas.

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