Por que as pessoas tem avc

Olá, eu sou a Kamilla e gostaria de contar um pouco sobre minhas experiências até aqui.
Sou formada em Medicina pela Universidade Federal do Espirito Santo e fiz residência médica em Neurologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Após terminar a residência, quis me especializar ainda mais em AVC. Por isso vim para Joinville, para aprofundar meu conhecimento e atuar da melhor maneira na abordagem dessa patologia tão frequente no nosso cotidiano, mas que algumas vezes as pessoas não dão tanta importância.

O que é o AVC?

Bom, a sigla AVC significa acidente vascular cerebral, que muitas vezes é conhecido como derrame. O AVC acontece quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido ou bloqueado, o que leva a perda de funções neurológicas que podem ser pequenas ou severas e de duração temporária ou permanente. Devemos lembrar que o AVC pode ocorrer a qualquer hora e durante qualquer atividade, até mesmo durante o sono.

E você sabia que Joinville é referência nacional no tratamento do AVC? Nossa cidade conta com Unidades de AVC, que são áreas físicas do Hospital inteiramente especializadas e dedicadas à internação e aos cuidados de pacientes com suspeita ou diagnóstico de AVC, na qual recebem acompanhamento multidisciplinar com neurologista, enfermeiros, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicologia. Tenho muito orgulho de participar dessa equipe e atualmente sou a neurologista responsável pela Unidade de AVC agudo do hospital São José.

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Prevenção e Tratamento

Também é importante sabermos que o AVC tem tratamento e que quanto mais rápido o ele for iniciado, maiores são as chances de recuperação. Além disso, os fatores de risco para o AVC devem ser identificados e tratados, para prevenir um novo AVC. Porém, o melhor mesmo não é esperar que um AVC aconteça para então iniciarmos o tratamento dos fatores de risco, mas sim, começarmos a trata-los o quanto antes para que o AVC não ocorra.
Então, se você tem alguns dos fatores de risco para AVC listados abaixo consulte seu neurologista para assim poder prevenir o AVC.

  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Idade (mais de 60 anos)
  • Tabagismo
  • Arritmia cardíaca
  • Infarto cardíaco ou outras doenças cardíacas, AVC ou AIT prévios

Dra Kamilla Ronchi é Neurologista na Clínica Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neurologia.

Quanto antes for iniciada a reabilitação do paciente com AVC, melhor e mais rápida será sua recuperação e, consequentemente, menor o tempo de internação.

A Reabilitação do Einstein tem o apoio de profissionais na recuperação do paciente com AVC pelo treinamento e pela adaptação a atividades da vida diária, na recuperação da fala e, principalmente, na detecção e no tratamento da disfagia (dificuldade de deglutir), responsável pelo risco de aspiração e pneumonia.

Para outras dúvidas ligue: (11) 2151-3555
Horário de atendimento: De segunda a sexta-feira, das 7h às 17h

Hoje, dia 29 de outubro, é o Dia Mundial do AVC (acidente vascular cerebral), sigla que muita gente teme, mas todo mundo já ouviu falar e conhece alguém que teve. O medo do AVC, também conhecido popularmente como derrame, se explica em números: a doença é a segunda maior causa de morte no Brasil e estima-se que, a cada seis segundos, uma pessoa morra por essa causa no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Mesmo com o fácil acesso à informação via internet, muitas dúvidas ainda rondam a população. Veja abaixo 7 fatos sobre o AVC que devem ser amplamente difundidos para conscientização sobre a doença listados por Hélio Penna, médico especialista em emergência e presidente da Abramede (Associação Brasileira de Medicina de Emergência).

1) Existem dois tipos

O AVC pode ocorrer de duas formas: "Quando há a obstrução do vaso e interrupção do fluxo sanguíneo em uma área do cérebro, é conhecido como AVC isquêmico. Já quando ocorre um rompimento do vaso e extravasamento do sangue, temos um AVC hemorrágico", explica o especialista. Enquanto o primeiro representa a grande maioria dos casos, 84%; o segundo é mais raro, mas tem impactos mais complicados e um maior índice de morte.

2) É uma doença multifatorial

Não há uma causa definida para a ocorrência do AVC, mas, sim, vários fatores combinados: doenças do coração, sedentarismo, diabetes, pressão alta, tabagismo, colesterol descontrolado, gênero, história de doença vascular prévia, uso de anticoncepcional, abuso de álcool e drogas, entre muitos outros.

3) Ao primeiro sinal, procure ajuda médica

Os sintomas mais comuns são paralisia de um lado do corpo, dificuldade para falar, desequilíbrio, vertigem, alterações da visão e da sensibilidade. Se você estiver dentro de um dos fatores de risco e sentir algum desses sintomas, procure ajuda médica imediatamente.

O tempo é crucial quando se trata dessa doença: uma vez com o quadro instaurado, uma pessoa com AVC pode perder até 2 milhões de neurônios por minuto por falta de oxigenação.

4) AVC e covid-19 podem ter relação perigosa

Muitos fatores de risco para o desenvolvimento de um AVC são os mesmos para casos graves de infecção pelo coronavírus, tais como diabetes, tabagismo, obesidade e doenças cardiovasculares. Para além disso, há uma relação direta da covid-19 com o AVC.

"O coronavírus aumenta a coagulação do sangue e, consequentemente, a formação de trombos, que podem, eventualmente, causar AVC", revela o médico. O vírus também é responsável por instaurar um quadro de inflamação que pode descompensar condições —como as cardíacas e o diabetes— o que acaba aumentando as chances de um acidente vascular cerebral.

5) Algumas doenças do coração estão diretamente relacionadas aos casos de AVC

Pacientes com arritmias, como a fibrilação atrial, espécie de descompasso nos batimentos cardíacos, têm até cinco vezes mais chances de sofrer um AVC. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de pessoas convivem com essa doença, que é responsável por 20% dos casos de AVC.

6) 90% dos casos poderiam ser evitados com prevenção

O uso de anticoagulantes, como parte do tratamento da fibrilação atrial, reduz em aproximadamente 60% a incidência de AVC nos pacientes. Estima-se que a extensão ampliada a outros fatores de risco poderia ampliar para até 90% a proteção para o AVC. "Isso inclui o tratamento correto e recorrente de arritmias, outras doenças cardíacas e do diabetes, além da redução do tabagismo, sedentarismo e estímulo de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física regular", detalha Penna.

7) Menos de 30% dos pacientes chegam ao hospital em 3 horas

Do primeiro sinal de AVC ao início do atendimento de emergência, o paciente deve levar, no máximo, três horas para evitar sequelas mais graves e até a morte. Entretanto, apenas 22% conseguem atendimento médico dentro do período recomendado.

"Em tempos de pandemia, temos percebido que as pessoas tendem a postergar ainda mais uma ida ao hospital com medo do contágio, mas é imprescindível que se procure a emergência imediatamente ao perceber algum dos sinais", reitera o especialista.

Previna-se!

Obviamente, a melhor forma de driblar um derrame é evitar os fatores de risco modificáveis. "Mas você pode ter um AVC mesmo assim. Porém, é importante deixar claro que em cerca de 80% dos casos a pessoa poderia ter feito algo para mudar o desfecho. Você precisa fazer atividade física, controlar seu peso, gordura abdominal e a pressão arterial, reduzir o colesterol, não abusar do álcool, evitar o estresse, não fumar e fazer acompanhamento médico," diz Letícia Januzi, neurologista vascular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas.

A neurologista vascular Andrea Almeida, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que controlar alguns fatores pode diminuir muito os casos. "Há um aumento de 50% a 54% no risco de AVC se você tem hipertensão. Então, veja o tamanho do benefício de você controlar sua pressão. O diabetes pode aumentar a probabilidade de AVC em 13%, o estresse em 23%. É necessário se cuidar," conclui.

É importante estar alerta e aprender a reconhecer os sinais precoces do AVC. Se houver rapidez no atendimento inicial, é possível utilizar um medicamento para dissolver o coágulo que obstrui a artéria cerebral causadora dos sintomas. "Desta forma, muitos pacientes têm uma boa recuperação neurológica com baixo índice de sequelas e boa qualidade de vida", comenta Caroline De Pietro Franco Zorzenon, neurologista do Hospital Sepaco (SP).

*Com informações de reportagem de 2018.

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente conhecido como derrame, está entre as principais causas de morte no mundo. Para você ter uma ideia, a Organização Mundial de AVC prevê que uma em cada seis pessoas terá o problema ao longo da vida. Ainda não se impressionou? No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada 5 minutos uma pessoa falece em decorrência da doença, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano. Além disso, o acidente vascular cerebral é a segunda principal causa de morte no país, e a principal causa de incapacidade no mundo.

O problema é de grande importância, mas mesmo assim pouca gente o conhece e sabe identificar seus sintomas, prestar socorro ou tem ideia de como é seu tratamento. Entenda melhor a seguir.

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O que é?

De forma geral, o AVC é a morte de células do cérebro, que acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão. Essa falta de circulação do sangue pode ocorrer de duas maneiras:


AVC hemorrágico: quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado.

AVC isquêmico: pode acontecer quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai "matando" as células que não recebem nutrição.

"Cerca de 85% dos casos de AVC são isquêmicos, que é mais fácil de ter respostas preventivas, por isso é tão importante se cuidar", afirmou Gustavo Weiss, neurologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, em Gramado (RS).

Sintomas

Os sintomas são iguais para homens e mulheres. Alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incoordenação ou incapacidade de movimentar uma parte do corpo —geralmente braço e perna de um lado só do corpo —, e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes da doença.

O paciente ainda pode apresentar dificuldade na fala, conversando de forma devagar e confusa. Alterações sensitivas, como cegueira, mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental também aparecem. São registradas ainda queixas de dor de cabeça repentina, aumento de pressão intracraniana e náuseas e vômitos.

"Se você está com alguma dúvida momentânea se alguém pode estar com AVC ou não, existem algumas respostas simples e imediatas, faça o SAMU", aconselhou Weiss. A sigla significa:

S de sorriso, peça para a pessoa tentar sorrir, em casos de AVC só é possível abrir a boca com um lado, fica um sorriso torto e é fácil identificar que há algo errado;

A de abraço, quem sofre um AVC costuma ter fraqueza em um dos lados do corpo e não consegue levantar ambos os braços para abraçar outra pessoa;

M de música, como a fala e coerência ficam comprometidas, o paciente não consegue cantar;

U de urgência, se todos os testes foram positivos, chame ajuda imediatamente.

O AVC ocorre de forma súbita, aos primeiros sintomas é necessário procurar atendimento médico imediato, para um diagnóstico rápido, tratamento agudo, encaminhamento para uma reabilitação e acompanhamento multidisciplinar para amenizar sequelas.

Causas e fatores de risco

Existem fatores de riscos modificáveis, como pressão alta, diabetes, colesterol alto, tabagismo, uso de drogas, obesidade, sedentarismo e estresse. Mas há causas que não temos controle, como idade (o problema é mais comum em idosos) e sexo (a doença acomete mais homens).

Além disso, fatores genéticos aumentam o risco de AVC, e nesse caso é importante ficar alerta tanto para o histórico familiar de derrame como de outras doenças que elevam as chances de derrame, por exemplo, as já citadas diabetes e hipertensão.

Como evitar

Obviamente, a melhor forma de driblar um derrame é evitar os fatores de risco modificáveis. "Mas você pode ter um AVC mesmo assim. Porém, é importante deixar claro que em cerca de 80% dos casos a pessoa poderia ter feito algo para mudar o desfecho. Você precisa fazer atividade física, controlar seu peso, gordura abdominal e a pressão arterial, reduzir o colesterol, não abusar do álcool, evitar o estresse, não fumar e fazer acompanhamento médico," disse Letícia Januzi, neurologista vascular do Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas.

A neurologista vascular Andrea Almeida, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, afirma que controlar alguns fatores pode diminuir muito os casos. "Há um aumento de 50% a 54% no risco de AVC se você tem hipertensão. Então, veja o tamanho do benefício de você controlar sua pressão. O diabetes pode aumentar a probabilidade de AVC em 13%, o estresse em 23%. É necessário se cuidar," concluiu Almeida.

Sequelas

Não é possível especificar quais sequelas a pessoa que sofre um derrame terá, tudo depende do tipo de lesão, da extensão e da área do cérebro afetada. Entre os danos mais comuns estão:

Alterações na fala: se a área do cérebro afetada foi a responsável pela linguagem, a comunicação do paciente pode ficar prejudicada. Nesses casos, pode existir dificuldade na capacidade de falar e ser compreendido, além da capacidade de compreender mensagens.

Agnosia Visual: incapacidade de reconhecer objetos e pessoas, mesmo sem ter comprometimento na visão.

Déficit de memória: o paciente com AVC pode perder a memória tanto de curto quanto de longo prazo. Além de ter confusão mental, esquecimentos pontuais —algo como esquecer de repente a receita de um bolo que sempre soube fazer.

Falta de sensibilidade: acontece quando a área do cérebro responsável por interpretar a sensibilidade é lesada.

Alterações motoras: imediatamente após o AVC pode acontecer uma perda do controle muscular voluntário, uma paralisia. Depois, o paciente pode desenvolver um aumento desproporcional da contração muscular de forma involuntária, chamada de espasticidade, que deixa os membros em posturas inadequadas, como mãos sempre fechadas ou ombros contraídos, podendo causar dor e desconforto.

Apraxias: o paciente pode perder a capacidade de realizar movimentos simples, pois o cérebro não consegue efetuar a programação motora de tal atividade. Também pode existir negligência, quando a pessoa tem uma falta de percepção da metade do corpo afetada no derrame, seja no campo motor, seja no visual, seja no sensitivo.

O estudo Toward an epidemiology of post stroke spasticity, publicado no periódico científico Neurology, mostrou que de 50% a 83% dos pacientes que tiveram AVC ficaram com complicações motoras, enquanto 50% tiveram problemas cognitivos. Além disso, de 23% a 36% dos casos registram complicações na fala, 10% convulsões, 8% dores e 20% distúrbios psicológicos.

Tratamentos

Assim que o AVC ocorre, é preciso correr para o hospital. "Tempo é fundamental, quanto mais rápido o atendimento, agilidade e eficiência na admissão e execução dos exames, mais cérebros conseguimos salvar e proteger", contou Fabiano Ruoso, neurocirurgião do ICC - Instituto do Cérebro e Coluna Vertebral de Gramado.

Em caso de AVC isquêmico, é importante devolver o fluxo de sangue para a região afetada, tentando salvar cada vez mais tecido cerebral. Se o vaso sanguíneo estiver entupido com um coágulo, também pode ser indicado fazer uma trombectomia, quando o médico consegue aspirar esse coágulo e liberar a passagem de sangue.

Em casos hemorrágicos pode ser necessário fazer uma cirurgia descompressiva, que é quando se tira a calota craniana temporariamente para deixar o cérebro expandir e não causar mais lesões ao paciente.

Após o atendimento inicial, os pacientes precisam ser avaliados individualmente para saber quais áreas do organismo foram afetadas e encontrar os melhores caminhos de reabilitação.

*Por Maria Júlia Marques, que viajou a Gramado a convite da Ipsen

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