História da Educação Física e sua importância

A EDUCAÇÃO FÍSICA promove a saúde pela prática esportiva e condicionamento físico. Profissionais dessa área elaboram exercícios para pessoas de todas as idades, de acordo capacidade de cada um e o ambiente em que vivem. Por isso, a EDUCAÇÃO FÍSICA preocupa-se não apenas com a saúde do corpo humano, mas também com a saúde mental, coletiva e emocional dos indivíduos.

A EDUCAÇÃO FÍSICA surgiu na Grécia antiga, por volta de 386 a.C. Na época, a disciplina estava incluída na Academia de Platão, considerada a primeira escola de Filosofia do mundo ocidental. Seus objetivos? Realizar atividades, exercícios e fazer dietas que harmonizassem o funcionamento do corpo humano e também o caráter dos cidadãos.

Os ideais gregos passaram pela civilização ocidental e inspiraram filósofos do Iluminismo, que defendiam a prática da EDUCAÇÃO FÍSICA como uma das fontes para uma vida saudável. No entanto, apenas após a passagem de duas Guerras Mundiais a prática de exercícios físicos se tornou popular – e obrigatória – em instituições de ensino do Brasil e do Mundo.

Historicamente voltada para o ambiente escolar, a EDUCAÇÃO FÍSICA tem hoje um papel muito mais diversificado. Entre seus objetivos de pesquisas, destacam-se estudos de saúde de trabalhadores e saúde pública, práticas especiais para pessoas com deficiência, biomecânica do esporte (que analisa a locomoção do corpo), entre outros.

Especializações • Artes marciais – prática e treinamento de sistemas de combate, sem o uso de armas. Têm origens orientais e ocidentais. • Cronobiologia – estuda os ritmos, os fenômenos físicos e bioquímicos periódicos dos seres vivos, como por exemplo, adaptação do relógio biológico. • Desenvolvimento motor – analisa os movimentos motores do corpo humano e observa fatores genéticos e ambientais. • Esportes aquáticos – planeja, estuda e analisa atividades e exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica. • Ginástica e musculação – cria e aplica exercícios especializados para fortalecer a musculatura do corpo e promover o bem-estar.

• Nutrição esportiva – aplica os conhecimentos da nutrição e bioquímica no contexto esportivo, proporcionando melhor aproveitamento dos exercícios para manutenção da saúde.

Áreas de atuação profissional Formados em EDUCAÇÃO FÍSICA encontram diferentes opções de atuação profissional, como: • Docência em escolas e universidades (profissionais que obtêm o título de Licenciatura durante a Graduação) • Pesquisas científicas • Hospitais e centros de reabilitação • Centros de Esporte e Lazer, como academias e clubes • Turismo ecológico e recreação

• Inclusão esportiva para projetos sociais em empresas e organizações não-governamentais

Para exercer a profissão, o profissional de educação física deve estar inscrito no conselho regional de seu estado, vinculado ao Conselho Federal de EDUCAÇÃO FÍSICA

Onde estudar? • Graduação – Instituições de ensino superior públicas e particulares em todo país oferecem uma vasta ofertas de cursos que formam profissionais em EDUCAÇÃO FÍSICA. Há opções de bacharelado e licenciatura (que prepara profissionais para ministrarem cursos na área).

Escola de EDUCAÇÃO FÍSICA do Exército


Universidade Estadual de Campinas – Faculdade de EDUCAÇÃO FÍSICA
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Departamento de EDUCAÇÃO FÍSICA
Universidade Federal de Goiás – Faculdade de EDUCAÇÃO FÍSICA
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Centro de Ciências da Saúde
Universidade Federal de Pernambuco – Núcleo de EDUCAÇÃO FÍSICA e Desportos

• Pós-graduação – Também são oferecidas instituições públicas e privadas. Muitas também possuem opções de mestrado e doutorado.
Universidade Federal do Rio de Janeiro – Escola de EDUCAÇÃO FÍSICA e Desporto
Universidade Federal do Espírito Santo – Centro de EDUCAÇÃO FÍSICA
Universidade Federal de Santa Catarina – Departamento de EDUCAÇÃO FÍSICA
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – Faculdade de EDUCAÇÃO FÍSICA e Ciências de Desporto

Para conhecer mais:
• Portal da EDUCAÇÃO FÍSICA
• Conselho Regional de EDUCAÇÃO FÍSICA
• Revista Brasileira de Medicina e do Esporte
• Federação Internacional de Educação Física

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A história da Educação Física no Brasil tem os seus primeiros registros em 1500. Confira nesta matéria a evolução da prática esportiva no país!

Terra à vista

Quando os portugueses chegaram em terras brasileiras encontraram índios que dançavam, saltavam, caçavam com arco e flecha e nadavam. Eram exercícios, em sua maioria, naturais e necessários para sua sobrevivência, mas também haviam práticas ligadas à cultura indígena como jogos de peteca, corrida e lutas – primeiras manifestações do que, mais tarde, se nomeou Educação Física. Clique aqui e confira algumas atividades tradicionais de comunidades indígenas que podem ser ensinadas na aula de Educação Física.

Chegam os jesuítas

Com a chegada dos jesuítas, a Educação Física começou a ganhar contornos mais definidos. De acordo com a pesquisadora e professora Paula Chiés, em seu estudo “Iluminando o corpo: As contribuições científicas ao conceito de corpo”, nas escolas fundadas pelos jesuítas os alunos participavam de brincadeiras e jogos, sendo estas consideradas as primeiras aulas de Educação Física em território brasileiro. Porém, a prática tinha apenas o objetivo de lazer e recreação.

Colônia x Império

Ainda durante o período colonial, com a vinda de negros escravizados para o Brasil, surge a capoeira, luta que utiliza o próprio corpo como instrumento e muito praticada até hoje. Na época, a elite acreditava que exercícios físicos eram uma atividade somente para escravos e que seus filhos deveriam se dedicar ao desenvolvimento intelectual. Foi somente no Brasil Império, em 1808 com a vinda da Corte Portuguesa, que se firmaram os primeiros tratados sobre a Educação Física no país. A educação e a saúde passaram a ser uma preocupação das elites e, neste contexto, os exercícios corporais se tornaram sinônimo de saúde física e mental. As escolas começaram, então, a incluir a ginástica em seus currículos.

História da Educação Física e sua importância

Uma opinião de peso

A importância da Educação Física na formação dos brasileiros se consolida somente em 1882, com o parecer de Rui Barbosa sobre a “Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior”, no qual relatava o valor do desenvolvimento físico aliado ao mental nos países mais desenvolvidos e sugeria a obrigatoriedade da prática em todas as escolas e para ambos os gêneros, incluindo a Educação Física como matéria de estudo.

Século XX

A profissionalização da Educação Física aparece no Brasil República, com as escolas de Educação Física que tinham como objetivo principal a formação militar. Em 1930, com as reformas de Getúlio Vargas, a área ganha destaque nas políticas públicas com a criação do Ministério da Educação e Cultura (MEC). A Educação Física obrigatória em todos os níveis escolares foi uma das formas do governo promover hábitos higiênicos e de saúde entre a população. De acordo com Ramos, em “Exercícios Físicos na História e na Arte do Homem Primitivo aos nossos dias”, um passo decisivo na história da Educação Física no Brasil foi à fundação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos em 1939, integrada a Universidade do Brasil com grandes conquistas no campo das atividades físicas.

No fim do século XIX, o esporte se revela como importante manifestação cultural. Enquanto no Brasil Imperial, a natação, a equitação e a esgrima eram as modalidades mais praticadas, o remo foi o principal esporte praticado no país até as primeiras décadas do século XX, quando foram introduzidas as modalidades de natação, basquete, tênis e futebol – populares até os dias de hoje.

Após a 2ª Guerra Mundial e durante a Ditadura Militar no Brasil, a Educação Física ganhou status de propaganda do governo e todo o ensino passou a ser direcionado para o rendimento esportivo e performance do atleta. O regime militar investiu em competições esportivas de alto nível, o que resultou em uma valorização do caráter tecnicista das práticas físicas.

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Os tempos atuais

Após a abertura política, nos anos 1980, novas concepções surgem na área da Educação Física, principalmente a escolar, e o modelo mecanicista passa a ser questionado. Estudos sobre o desenvolvimento psicomotor da criança, transformam o ensino de Educação Física, que passa a considerar o todo – físico, social e emocional –  e o lado formativo do aluno.

Atualmente, diversas abordagens dividem espaço e se reconhece o papel da Educação Física para o desenvolvimento humano pleno, sendo uma importante ferramenta para o aprendizado, integração social e exercício da cidadania.

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