Como um crente e comparado na bíblia

O selo do Espírito Santo significa que o próprio Espírito de Deus habita no crente, e essa habitação assegura sua salvação eterna. A Bíblia diz que somente aqueles que ouvem e creem no Evangelho de Jesus Cristo é que são selados com o Espírito Santo.

Nesse sentido o apóstolo Paulo escreve sobre os crentes em Cristo: “[…] depois que ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1:13,14).

É interessante notar que esse texto mostra basicamente o processo da salvação. Ele diz que primeiro o pecador ouve as boas novas de Cristo para salvação. Depois ele crê, e mediante essa fé ele é salvo pela graça (Efésios 2:8,9). A redenção é o plano eterno de Deus para o seu povo eleito em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4). Mas a pregação do Evangelho é o meio através do qual os eleitos são alcançados. Eles ouvem, creem e recebem o selo do Espírito Santo.

O selo é uma marca oficial de identificação. Nos tempos antigos o selo era estampado numa carta, documento ou objeto com a finalidade de garantir sua autenticidade, identificar sua propriedade, conferir autoridade e proteger contra violação. Um rei possuía um anel de selar com o qual validava decretos, realizava transações e marcava propriedades. Então obviamente é muito significativo a Bíblia falar dos crentes como tendo o selo do Espírito Santo.

As implicações do selo do Espírito Santo

Em primeiro lugar, o selo do Espírito Santo no crente significa uma certificação de autenticidade. A pessoa selada com o Espírito Santo realmente é um crente autêntico, genuíno. Boas obras e declarações de fé sem o testemunho do Espírito Santo não passam de aparência de piedade.

Em segundo lugar, o selo do Espírito Santo no crente significa um indicativo de propriedade. O crente eleito por Deus, redimido e justificado pelos méritos de Cristo, e regenerado e santificado pelo Espírito Santo, de fato é propriedade do Senhor (cf. 1 Pedro 2:9). O selo do Espírito Santo na vida do crente denota que ele pertence a Deus (1 Coríntios 6:19,20).

Em outras palavras, os crentes são selados pelo Espírito Santo no mesmo instante da conversão, de modo que o próprio Espírito se coloca como uma marca distintiva que caracteriza o crente como propriedade de Deus. O apóstolo Paulo escreve que “se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Romanos 8:9).

Em terceiro lugar, o selo do Espírito Santo é um sinal de autoridade. Aquele que é habitado pelo Espírito é também por Ele capacitado a testemunhar das obras do Senhor e servir como embaixador do Reino de Deus neste mundo. Ele é habilitado a anunciar o Evangelho não por sua própria competência e autoridade, mas sob a autoridade d’Aquele que o selou.

Em quarto lugar, o selo do Espírito Santo é ainda uma marca de proteção e segurança. Foi Deus quem selou o crente com seu Espírito, então há não ninguém capaz de violar esse selo. É o próprio Deus quem preserva aqueles que são seus (1 Coríntios 1:8). Por isso o crente selado com o Espírito Santo pode ter plena certeza de sua salvação. O Espírito Santo é o outro Paracleto, o Consolador enviado para ficar conosco para sempre (João 14:16).

O penhor da nossa herança

O Espírito Santo com o qual os crentes são selados, é também a garantia de que Deus conduzirá os seus filhos à herança merecida para eles por meio dos méritos de Cristo. A palavra “penhor” traduz o termo arrabon – provavelmente de origem semítica – que significa “pagamento inicial” ou “primeira parcela”.

A referência obviamente é a um depósito antecipado de garantia numa transação comercial. O pagamento desse depósito significava que a transação já estava oficializada e concluída, e que a quantia restante final seria paga devidamente como prometida.

Então nesse sentido o texto bíblico diz que o Espírito Santo é o “sinal”, isto é, a “primeira parcela” de garantia da plenitude da glória vindoura dos filhos de Deus (Romanos 8:18-23). Os crentes são selados com o Espírito Santo, e esse mesmo Espírito depositado em suas vidas é a plena garantia de que sua herança é inviolável.

Além disso, o termo arrabon é usado no grego moderno para indicar um compromisso nupcial. De certa forma isso pode nos ensinar que em Cristo, nosso relacionamento com Deus é pessoal e íntimo. A Igreja é a noiva do Cordeiro, e o Espírito é a aliança desse noivado.

Por tudo isso podemos ter plena certeza de que Aquele que começou a boa obra nos crentes a completará até o dia de Cristo Jesus (Filipenses 1:6). No devido tempo Ele fará o resgate total da sua propriedade, em louvor da sua glória (Efésios 1:14). Então na presente Era, o selo do Espírito Santo é uma antecipação da glória da Era por vir.

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Isaías 40:31: “Mas os que esperam no senhor, renovação as duas forças, e subirão com asas de águias”.

Observem que há duas promessas nesse texto bíblico:
1 – Forças renovadas (Renovarão as suas forças);
2 – De subir aos céus, semelhantemente a uma águia.

Observem também que estas duas promessas não são para todos os habitantes da terra, e sim para os que esperam no Senhor. O texto é taxativo: as promessas são para os que esperam no Senhor Deus de Israel.

Mas, o que será que Isaias viu na águia, ou nas águias para usá-la como figura, símbolo, tipo do cristão? Segundo o doutor Russel Wallace (Grande ornitólogo), há no mundo 10.087 tipos de aves, e porque em meio a 10.087 tipos de aves, Isaías não usou outro pássaro qualquer – codorna, andorinha, bem-te-vi, sabiá, sua majestade rouxinol, etc. E sim uma águia?

A resposta não é outra senão “nenhuma outra ave poderia representar tão bem o cristão, quanto à águia”.

O que significa ser águia? Comumente, os países que se consideravam fortes e invencíveis tinham como símbolo uma águia. Os Estados Unidos da América, tomou a águia como seu símbolo em 1872. Semelhantemente, isto ocorreu com outros “impérios”: Russo, Prussiano, Austríaco, a França de Bonaparte e o império Romano.

Na era de Jesus, ostentava-se, no cume do templo de Salomão, uma grande águia, que era o símbolo de Roma.

Razões para comparação do crente com a águia:

1 – DA FAMÍLIA DE PÁSSAROS GIGANTESCOS A águia não é da família de pássaros minúsculos, e sim de pássaros gigantescos, da família dos falcões e falconizes de natureza que, duma ponta a outra da asa, mede cerca de 3m de águia. Da ponta do bico às penas da cauda, há cerca de 90cm de águia.

A águia é da família de pássaros grandes.

Que lição aprendemos aqui? O crente é da família não de deuses minúsculos e sim do GRANDE DEUS, que fez o céu e a terra. (Sal. 95:3; Sal. 77:13; 1Cr. 16:25; Sal. 48:1)

2 -A ÁGUIA É AVE DE RAPINA
A águia como ave de rapina: sai em busca de sua presa, de sua alimentação. Inclusive, o próprio Jesus abordou este assunto. (Mat. 24:28; Jó 9:26).

Que lição aprendemos aqui? Assim deve ser o crente águia: deve sair em busca de sua alimentação espiritual, nas vigílias, nos cultos matutinos, congressos; enfim, onde tiver comida espiritual, vá, e alimente-se.

3- O COMPANHEIRO DA ÁGUIA
A ornitologia ensina que nenhuma outra ave é tão unida quanto às águias; elas são tão unidas que, quando um caçador chega a capturar uma delas, as demais choram literalmente a falta da águia capturada.

Que lição aprendemos aqui? Assim deve ser o crente águia: deve amar o seu irmão com amor ágape (amor sacrificial), Sal. 133:1-3. Já diz o adágio popular “uma comunidade unida, jamais será vencida”. (Gl. 6:2).

4-A VISÃO DA ÁGUIA O golpe de vista da águia é, humanamente falando, incomparável. É a única ave que encara por quantas horas quiser o resplendor do sol.

A águia é dotada de um grande poder visual; tem olhos graúdos que ocupam quase um terço do seu crânio. Segundo a ornitologia, o cristalino dos olhos das águias focaliza uma formiga a lO.OOOm de altitude e em linha reta, horizontal, pode detectar a 20 km de distância.

Que lição aprendemos aqui?
4.1. Que o cristão é a velha águia que se orgulha do passado, vive o presente, mas está olhando o futuro. – Davi orou por sua visão espiritual (Sal. 119:18); e

– Geazi teve visão espiritual após a fervorosa oração do profeta (II Reis 6:17).

4.2. Ainda: A águia é a única ave que encara o sol. O único povo na terra que encara o sol da justiça (Jesus, Malaquias 4:2), chama-se crente águia.

4.3. O crente não enxerga somente lutas, provas, etc, enxerga também de longe sua vitória, Amém? – Paulo era um homem de visão espiritual (Atos 18:9); – A visão espiritual é promessa para os nossos dias (J2.26); e

– Jesus repreendeu a igreja de Laodiceia por falta de visão (Ap. 3:18).

5-A POTENCIALIDADE DE VOAR Os ornitólogos apelidam as águias de rainha dos ares, porque de todas as aves que decolam, ela é a que voa mais alto. E chamada também de rainha dos ares por ser a única ave que, enquanto voa, descansa. Isso é possível devido a sua estrutura óssea. Todas as aves que existem neste mundo têm a estrutura óssea longitudinal (comprida), enquanto que a águia tem toda a sua estrutura óssea cilíndrica, o que lhe permite: – Descansar enquanto voa; – Enfrentar tempestades; E – Invadir turbulências.

A águia voa numa velocidade de 300 km/h e atinge a lO.OOOm de altitude (Pv. 30:18,19;Pv23:5).

Que lição aprendemos aqui?
5.1. Voar mais alto: isto nos lembra acerca da altitude que os crentes galgarão um dia (voaremos até os céus); (I Ts. 4:17)
5.2. Descansar enquanto voa: não carecemos de pousar para o descanso, porque o nosso descanso não é aqui.
5.3. Enfrentando turbulências: nada detém o trajeto, o percurso do povo de Deus. (Hb. 11:33)

6 – O BRILHO OSTENSIVO NAS PENAS DAS ÁGUIAS
As penas da águia brilham de tal natureza que ofuscam os olhos de quem a fita, quando refletidos pelos raios solares.

Que lição aprendemos aqui? Assim deve ser o crente águia: brilhando sempre com o reflexo da glória de Deus.
Não existe coisa mais triste que um crente desanexado da glória de Deus, do que uma Igreja sem brilho.

7 – AS GARRAS DA ÁGUIA A águia usa as suas garras como instrumento de defesa e ataque. As garras são tão importantes para elas como os braços são para os homens. Suas garras funcionam como trava: quando uma águia toma uma presa jamais ela escapa das suas garras.

Quando a águia percebe a presença de cobras ou serpentes em alguma toca, coloca as pontas das asas na boca da mesma.A serpente irada morde as penas da águia solta o veneno mas não lhe atinge, porque são penas e não carne.

Que lição aprendemos aqui? O único povo da terra que resiste, enfrenta e vence a antiga serpente (o maligno, Apocalipse 12:9), chama-se crente águia. “Em breve o Deus da paz, esmagará a serpente debaixo dos vossos pés”.

8 – A ÁGUIA É UMA AVE DIURNA
As águias exercem as suas atividades durante o dia, durante a noite elas se recolhem.

Que lição aprendemos aqui? Isto tem muito a ver com a vida cristã, Jesus Cristo dissera “trabalha enquanto é dia porque a noite vem”.

9 – O NINHO DA ÁGUIA Os caçadores menos favorecidos são os caçadores de águia, pois ela faz o seu ninho em locais de alta segurança, aonde os homens não podem chegar.

Segundo a Bíblia, as águias fazem o seu ninho em rochedo alterneiros, em montanhas altíssimas, em locais de difícil acesso. (Jó 39:27, 28)

Que lição aprendemos aqui? O crente é um ser precavido, que deve procurar colocar seus frutos do espírito em lugar quase inacessível ás tentações; ele não dá lado ao maligno.

10-O RENOVO DA ÁGUIA: A águia é a única ave que se renova (SI. 103:5). Segundo a ornitologia, a águia, quando velha, perde o brilho das penas, que começam a cair; o nervosismo apodera-se dela, o bico enverga e cria um campo adunco de forma que a águia não pode alimentar-se, pois o capo adunco a impede.

Criam-se ainda duas escamas nos seus olhos e o golpe de vista já não é mais o mesmo; suas garras envergam e perde o tato. Fica feia, detestável. Mas ela (a águia) não aceita a vida irrenovável.

Que ela faz quando velha? Foge para um rochedo e oculta-se ali, num período de 9 a 12 semanas. Enquanto isto, as velhas penas vão caindo e ela fica completamente depenada. As duas escamas ostensivas nos olhos aos poucos vão caindo.

Já com a nova plumagem, ela sai do refúgio (em um dia de sol), abrindo o segundo processo de sua renovação (as garras e o capo adunco do bico).

Que ela faz, então? Voa em velocidade contra a rocha, crava o bico e as garras na parede de pedra, do cume até embaixo, deixando ali o adunco e as velhas garras, piando de dor, pois que tanto o bico quanto as garras estão em carne viva, jorrando sangue.

Depois disso, alça às alturas em busca do oceano e, uma vez encontrado, dá um rasante vôo e mergulha no oceano. O salitre (sal) ostensivo no mar estanca o sangue que jorra das garras e do bico. Este processo (de mergulho) é repetido por três ou mais vezes.

Que lição aprendemos aqui? Assim é o crente águia, nunca aceita a vida irrenovável.

Se a vida irrenovável já te alcançou faça como a águia, fuja para a rocha (tipo de Cristo; rocha ferida de Meribá; pedra angular de esquina, rejeitada pelos edificadores).

Baseado no livro “O crente e a águia”, de autoria de Abílio Silva Santana.

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