Atividades sobre danças populares brasileiras 4 ANO

    Atividade de interpretação de texto, direcionada aos alunos do terceiro ano do ensino fundamental, com questões desenvolvidas sobre o texto: Danças populares.

    Esta atividade está disponível para download em modelo editável do Word, pronta para impressão em PDF e também a atividade respondida.

    Faça o download desse exercício de português em:

ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME: 

Leia:

Danças populares

    A maior parte das danças populares brasileiras mistura influências de portugueses e espanhóis.     CARIMBÓ – Muito popular no Pará, é uma dança de influencia africana. Homens e mulheres cantam e dançam em roda, quase sempre descalços.     O nome carimbó vem de um tipo de tambor feito em um tronco de árvore cortado e escavado.

    PAU-DE-FITA – Trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis, é uma dança típicas das festas juninas. Os participantes ficam em volta de um mastro enfeitado com fitas coloridas que caem do topo até o chão. No centro, uma pessoa segura o mastro, enquanto os dançarinos giram em volta trançando as fitas.

Almanaque recreio São Paulo, abril.2003.

Questões

1) Qual é o título do texto?
R.

2) A maior parte das danças populares brasileiras tem quais influencias ?
R.

3) O carimbó, muito popular no Pará, é uma dança que tem que influência?
R.

4) De onde vem o nome “carimbo”?
R.

5) Quem introduziu o pau-de-fitas nas festas populares?
R.

6) Onde os dançarinos ficam girando trançando as fitas?
R.

Por Hélia Higa.
As respostas estão no link do cabeçalho.

Esta proposta de atividade de EDUCAÇÃO FÍSICA é destinada aos estudantes da 4ª Série da Educação de Jovens e Adultos – EJA.

As danças brasileiras são expressões de arte e corporalidade do nosso povo. É marcada pela diversidade e miscigenação, principalmente, entre indígenas, africanos e europeus. Existem inúmeras danças brasileiras que são populares em nossa cultura, como: forró, frevo, samba e carimbó.

Vamos responder algumas questões?

Atividades sobre danças populares brasileiras 4 ANO
Fonte: File:Roda de coco em Olinda, Brasil.jpg – Wikimedia Commons

QUESTÃO 1

Identifique quais são as danças populares brasileiras:

a) Forró, Frevo, Carimbó e Valsa

b) Valsa, Tango, Samba e Forró

c) Balé, Sapateado, Forró e Samba

d) Maracatu, Jongo, Forró e Maculelê

QUESTÃO 2

No Brasil, determinadas regiões são escolhidas como ponto turístico devido às festividades e danças populares. Os meses de fevereiro e março são marcados pelos festejos e danças carnavalescas, seja no samba carioca, axé da Bahia ou frevo pernambucano. Junho é a época do bumba-meu-boi maranhense e do forró nas festas de São João por todo o país. Porém, mesmo fora das datas comemorativas, a dança faz parte do dia a dia do brasileiro: seja em boates e bares, nas festas familiares e na academia. São vivenciadas geralmente em busca de lazer, socialização ou para melhorar a saúde e qualidade de vida. E você, tem costume de dançar? Quais danças? Em quais momentos da sua vida você dançou e ainda dança? Qual o objetivo dessa sua prática?

QUESTÃO 3

“Entre todas as danças brasileiras, o samba é o que melhor representa o Brasil.” Você concorda com essa afirmação? Justifique.

QUESTÃO 4

O Rio de Janeiro é palco durante o carnaval para uma dança popular brasileira, o samba. Essa festividade, além de ser puro samba no pé, diversão e emoção, potencializa o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Porém, ela pode ocasionar impactos negativos e até devastadores no meio ambiente. Por isso, a cada ano, o carnaval carioca adota cada vez mais atitudes sustentáveis. Observe a título da reportagem:

Atividades sobre danças populares brasileiras 4 ANO
Fonte: Reciclagem na Sapucaí: escolas trocam, doam ou vendem materiais utilizados em desfiles | Carnaval 2019 no Rio de Janeiro | G1 (globo.com)

Agora reflita! Quando em um desfile de carnaval existe uma fantasia que contém penas, e elas são retiradas, pintadas e armazenadas para o próximo ano; trata-se de reciclagem ou reaproveitamento de material? E qual é o benefício dessa atitude para o meio ambiente?

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre a importância de reutilizar e reciclar figurinos de dança e de festejos carnavalescos, assista o vídeo abaixo:

Canal Mariana Araguaia. Os 5 R’s. (442) [Os 5 R’s – 4ª série Eja] – YouTube

Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui: Acesse os materiais referentes a essa atividade clicando aqui:
https://sme.goiania.go.gov.br/conexaoescola/propostas_didaticas/propostas-didaticas-educacao-fisica-4a-serie/

Componentes CurricularesObjetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento
Educação Física(EAJAEF0321) Vivenciar e fruir diferentes modalidades de danças.
Ciências da Natureza (EAJACI0311) Reconhecer as formas de descarte, reutilização e/ou reciclagem de materiais consumidos cotidianamente e destacar os resíduos como fonte de matéria prima.
Referências GOIÂNIA. Matriz Estruturante EJA 2022. Secretaria Municipal de Educação e Esporte de Goiânia, 2022.BARRETO, DÉBORA. DANÇA…: ENSINO, SENTIDOS E POSSIBILIDADES NA ESCOLA. 3° ED – CAMPINAS, SP, AUTORES ASSOCIADOS, 2008.MUNIZ, Rosane. Vestindo os Nus: o figurino em cena. Rio de Janeiro: Senac, 2004. 

Danças brasileiras: conheça as mais populares e tradicionais. Disponível em: Danças brasileiras: conheça as mais populares e tradicionais (passagenspromo.com.br). Acessado em 15 de abril de 2022.

Plano de Aula

As Danças Brasileiras oferecem amplas possibilidades educativas. Sua beleza e encantamento são fontes de aprendizagem, não só de movimentos, ritmos e gestos, mas também de formas de organização, convivência e respeito à diversidade e à multiplicidade das expressões individuais e culturais.

O trajeto proposto aqui é viajar até o Sul do Brasil e conhecer suas danças. Essa é uma oportunidade para conhecer essa rica cultura, fruto da expressão única de encontro entre matrizes distintas: originárias, afrodescendentes e coloniais, em um mesmo ambiente geográfico, social e político.

O elemento básico, fundador dessa mistura, está nos povos originários dessa região, o povo guarani. Sem a presença indígena e seu profundo conhecimento natural, a ocupação colonial das vastas planícies, denominadas “pampa”, não seria possível. A partir dos séculos XVI e XVII, os portugueses, em litígio com os espanhóis, ocuparam a região de duas maneiras: missões religiosas jesuíticas e incursões dos bandeirantes paulistas, chamados por Darcy Ribeiro de “canalha mameluca de São Paulo”. Eles visavam a captura de indígenas para o trabalho escravo das lavouras de cana de açúcar. A ocupação territorial se deu, inicialmente, pelo manejo do gado em grandes fazendas denominadas “estâncias”. Tanto as missões jesuíticas, no lado português, quanto as estâncias dos “castelhanos” (espanhóis) estão no chamado pampa gaúcho, região geográfica e cultural que vai além das fronteiras nacionais de Brasil, Argentina e Uruguai.

Em quaisquer dessas ordens sociais, a alavanca da produção material era o trabalho escravo do povo guarani. Posteriormente, a partir do século XVIII, os escravizados africanos foram introduzidos pelos colonizadores para o mesmo trabalho agropastoril. Nos séculos XIX e XX, fluxos migratórios, particularmente alemães e italianos, foram os próximos a ocupar a região, formando colônias e culturas, algumas delas, até hoje, relativamente isoladas pela língua e pelos hábitos europeus. No litoral, a presença dos imigrantes dos Açores completa o quadro no qual repousa o que se pode chamar de cultura gaúcha, com diversos matizes e diferenças culturais, de acordo com o ambiente geográfico. Litoral, pampa e serra são a geografia desse mosaico.

Assim, como resultado dessa complexa teia, narrada por Darcy Ribeiro no livro O povo brasileiro, as danças são belas expressões dessa diversidade da região, dos seus encontros e conflitos culturais e políticos. Vamos conhecer duas danças: a chula e a rancheira carreirinha.

A chula tem sua origem em Portugal, embora no Sul do Brasil tenha sofrido influências dos povos originários e também dos escravizados africanos. Ela se caracteriza pela realização de sapateados e movimentos ginásticos em torno de uma lança colocada no chão. É feita em forma de desafio entre duplas de participantes, com movimentos cada vez mais complexos. Uma aproximação cultural importante pode ser feita aqui, relacionando a chula a outras formas de desafio/dança, também presentes nas danças urbanas, como nas “batalhas” de break dance.

A rancheira carreirinha, assim como a chula, tem origem europeia. As serras do Rio Grande do Sul, assim como os estados do Paraná e Santa Catarina, acolheram fluxos migratórios originários da Alemanha e do centro da Europa, particularmente eslavos e poloneses. A dança é, tradicionalmente, realizada em pares, alternando pequenas corridas (“carreirinhas”) com o bailado em duplas, típico das danças europeias de salão, tal como as valsas e mazurcas.

Tanto uma dança, quanto a outra podem oferecer elementos para desenvolver nos estudantes a compreensão e a reflexão sobre a importância da diversidade cultural, seja por aproximação e semelhança, seja por suas enriquecedoras diferenças. A participação de todos e todas pode ser ampla e inclusiva. Os passos podem ser acompanhados de palmas, e os movimentos coreográficos podem ser feitos de maneira que todos tenham acesso, tanto na elaboração das sequências, quanto na produção e execução de elementos rítmicos e percussivos. Importante, além de convidar para a festa, é chamar para dançar.

Quanto aos objetivos deste plano lembre-se de que as danças tradicionais do Sul do Brasil trazem elementos interessantes para a discussão sobre os papéis masculinos e femininos nas coreografias, e suas possíveis releituras em sala de aula.

No caso da chula, na tradição gaúcha, os dançantes são apenas os homens/meninos. No entanto, essa visão já está sendo transformada na prática, como é mostrado em um dos vídeos sugeridos (Alma Gaúcha - Maria Bailarina).  Vale a pena colocar esse tema em pauta com os estudantes, e desenvolver uma compreensão ampla sobre os aspectos históricos culturais da tradição versus a cultura em transformação, globalizada.

No caso da rancheira carreirinha, a sugestão é refletir com a turma sobre os papéis e movimentos da dança que é, tradicionalmente, dançada em pares masculino/feminino. É natural que essa questão traga certa expectativa e até uma apreensão, o que pode ser resolvido de maneira democrática, com soluções encontradas pela turma, tal como a formação de pares livres, com movimentos e evoluções demarcados/adaptados dos papéis tradicionais. Ressalta-se a importância, mais uma vez, da participação de todos e todas, dentro de suas possibilidades de movimento, percepção e expressão.

VÍDEOS:

Os vídeos devem servir de apoio ao projeto. Caso não possa exibi-los aos(às) estudantes. Caso possa assistir com os(as) estudantes, reserve um tempo para conversar sobre as imagens observadas coletivamente.

Bibliografia

CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. 12. ed. São Paulo: Global Editora, 2012.

CÔRTES, J. C. P.; LESSA, L. C. B. Manual de danças gaúchas. Porto Alegre: Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial, 1956.

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Faça uma roda e converse sobre o que conhecem a respeito da sua região de origem, particularmente suas danças. Caso julgue necessário, se perceber que os estudantes não têm esse conhecimento prévio, selecione antecipadamente algum material da sua região, tais como imagens, áudios ou vídeos de danças. Lembre-se de escolher os recursos de sensibilização de acordo com as características da sua turma, superando possíveis barreiras sensoriais, cognitivas ou motoras, e valorizando quaisquer possibilidades de expressão.

Explicite para todos, os objetivos da aprendizagem das danças brasileiras do Sul do país, que culminará no produto final deste processo: uma apresentação de coreografia para a turma ou até mesmo para a comunidade escolar.

Conte um pouco sobre a história e a geografia dessa região, as missões jesuíticas, as fazendas de criação de gado, o pampa internacional e a serra rio-grandense, com sua colonização europeia, e, por fim, sobre a influência açoriana (portuguesa) no litoral. Isso é valioso para garantir uma paisagem cultural na qual seja possível praticar as danças propostas. É importante que já tenha assistido aos vídeos com as informações necessárias para a condução a seguir, sempre lembrando de que o protagonismo das ações cabe aos estudantes. Se necessário, reproduza os áudios ou apresente algumas imagens da cultura regional. Isso é importante para que, independentemente das limitações individuais, o acesso à sensibilização se complete, incluindo toda a turma. Explique algumas características das danças, como, por exemplo, o desafio de movimentos das duplas da chula. Pergunte se conhecem alguma referência cultural desse tipo. Pode ser que reconheçam ou não a semelhança com as “batalhas” de break dance. De qualquer maneira, é bastante positivo desenvolver essa proximidade, informando aos estudantes que as danças urbanas são parte do currículo futuro, no qual esse tema será tratado com a merecida profundidade. Aqui, vale apenas como citação.

Peça aos estudantes que encontrem uma posição confortável, fechem os olhos e aprofundem e acalmem sua respiração. Em seguida, solicite-lhes imaginar que estão cavalgando em uma extensa planície, com vegetação bem baixa e colinas levemente onduladas. O vento, frio e suave, lembra que estamos no Sul do Brasil. Está anoitecendo e, ao longe, todos observam uma pequena luz, vinda de um lugar chamado “invernada”. Explique-lhes que é um ponto de encontro, descanso e diversão do viajante das planícies. Todos sentem o cheiro da fogueira e ouvem, em lenta aproximação, uma música, tocada por uma gaita (sanfona/acordeão), instrumento típico da região. Todos apeiam dos seus cavalos e preparam-se para entrar na festa gaúcha. Como procedimento de preparação, deixe a execução da música em modo “loop”. É um instrumental curto, com poucas variações e que deverá ser o fundo permanente para a prática a seguir. Construa, se necessário e com antecipação, um ambiente sensorial no qual todos e todas se sintam incluídos em suas capacidades e possibilidades perceptivas.

  1. Prática de desafios em círculo

Todos abrem os olhos. Faça um círculo e peça para que eles batam palmas e pés no ritmo e no pulso da música. Quaisquer formas de movimentos são bem-vindas nesse momento. Valorize as possibilidades de participação de todos, envolvendo-os no clima sulino, de todas as maneiras possíveis, facilitando esse percurso. Caso haja alguma barreira para algum participante, convide a turma para encontrar soluções coletivas para removê-la. O pulso é a qualidade sonora que nos faz bater palmas, pés ou fazer movimentos a partir de uma tônica forte. No caso da chula, essa marcação é bem forte e explícita. Um conceito importante é a presença do “tempo forte” da música, a ser explorado com os movimentos. Investigue, com os estudantes, as possibilidades de improviso, utilizando saltos, sapateados e giros, em evoluções de ida e volta até o centro do círculo, que pode ser individual ou coletivamente. Brinque de “siga o mestre”, solicitando que os estudantes improvisem movimentos que os outros devem repetir. Explore movimentos nos planos alto, médio e baixo, nomeando-os.

  1. Desafios em duplas ou trios

Peça para que formem duplas ou trios para realizar um desafio que será feito da seguinte maneira: a) traçar no chão, com giz, uma linha de aproximadamente três metros para cada dupla ou trio; b) seguindo o ritmo da música, um dos estudantes realiza movimentos com alternância de saltos e saltitos; o outro faz o mesmo; c) troca-se de executante; d) trocam-se as duplas ou trios.

Mais uma vez, é importante lembrar-se de que um dos pressupostos da prática coletiva é seu indispensável caráter inclusivo. Incentive o protagonismo dos estudantes nessa construção.

Peça para que todos se sentem e formem um círculo. Diga-lhes para fechar os olhos e, de novo, acalmar sua respiração e voltar ao plano imaginário. Cada qual remonta seu cavalo e, retornando ao local de partida, “desapeiam”.

Como em um relato de viagem, cada qual diz o que sentiu durante a visualização e prática dos movimentos. As declarações espontâneas sobre as sensações corporais promovidas pelas danças, compartilhadas, enriquecem o cenário de aprendizagem. Faça algumas perguntas para a turma: o que você viu, sentiu ou ouviu durante a viagem? Que diferenças você vê entre as músicas e danças da nossa região em relação às da região Sul do Brasil? Sentiu dificuldade ou facilidade para criar movimentos com o ritmo dessa dança? Sentiu-se apoiado pelos participantes neste percurso? De que maneira cada qual pode exercer esse apoio? 

Retome com os estudantes os conceitos que talvez fossem desconhecidos até aqui, tais como “desafio de movimentos”.  

Revise o contexto de origem das danças com os passos desenvolvidos, tais como o uso da lança no lugar da marcação de giz. Nesse contexto, o que seria uma arma é utilizado como elemento de uma dança.

Retome elementos nomeados da dança, tais como pulso, planos alto, médio e baixo, e contagem do tempo rítmico (“tempo forte”). Se estiver em outra região, compare por semelhanças ou diferenças os elementos das danças nas culturas de origem com as do Sul, tendo como critérios os elementos: pulso, indumentária, adereços, instrumentos e contexto cultural.

Converse com os estudantes sobre as barreiras que foram superadas pela turma, para que todos pudessem compartilhar a riqueza presente na diversidade dos elementos das danças, o que também permite amplas possibilidades de acesso e de participação.

Comente sobre as aprendizagens advindas dessa experiência, evidenciando elementos importantes das competências, como o autoconhecimento, o respeito à diversidade, a ampliação do seu repertório cultural, a aprendizagem de elementos simbólicos presentes nas danças, a aquisição e o aprimoramento de habilidades motoras, entre outros. 

O uso de um passaporte cultural, ou caderno de viagem individual, pode ser sugerido para que sejam anotados os pontos fundamentais abordados neste plano. Recursos digitais, tais como Padlet ou Google Sala de Aula, podem ser usados como forma de dinamizar o registro das atividades. No entanto, com simples cadernos e lápis pode se obter resultados semelhantes.

Nos dois casos, é importante observar os seguintes tópicos a serem registrados: nome do estudante e tipos de movimentos realizados na sua improvisação e desafios. Um espaço deve ser reservado para desenhos sobre a atividade, com ênfase nos movimentos expressivos da dança. Faça uma tabela com esses dados e comente seus resultados.

Se houver a possibilidade, registre a experiência em imagens e vídeos, que poderão ser utilizados como recurso pedagógico avaliativo, para se voltar, com olhar crítico, sobre aquilo que foi aprendido como conceito, atitude e procedimento. A ampliação de utilização de recursos avaliativos torna este momento mais inclusivo.

A avaliação desse passaporte pode ser feita solicitando aos estudantes que relatem, pelos meios disponíveis, desde postagens em um Padlet, quais tipos de passos, gestos, indumentárias e instrumentos estão presentes nas danças. Nessas postagens, podem ser solicitados áudios, desenhos, textos e, até mesmo, registros em vídeo dos próprios estudantes, a partir do apoio de um adulto. Da mesma maneira, um livreto, feito a partir de folhas A4, pode motivar os estudantes a responder às mesmas questões com os registros gráficos como desenhos e textos escritos. Em ambos os casos, as expressões sobre sensações diversas contribuem no ambiente de aprendizagem.

Peça-lhes para trocar seus registros ou apresentá-los à turma. É importante que a possibilidade dessa apreciação seja combinada, desde o início do uso do passaporte cultural. A exposição desses registros à comunidade escolar, seja um Padlet ou Flipchart coletivo, na apresentação das danças, também pode ser uma boa motivação para sua realização durante as etapas deste plano.

Barreiras

  • Restringir as formas dos estudantes viverem as experiências que possibilitem identificar os elementos constitutivos das danças.
  • Delimitar somente uma forma de registro por parte dos estudantes.
  • Exigir movimentos e coreografias específicas relacionadas às danças vivenciadas.

Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras

  • Ampliar as experiências dos estudantes de modo que consigam identificar os elementos constitutivos das danças.
  • Possibilitar a utilização de diversas formas de linguagem para os registros dos estudantes.
  • Possibilitar aos estudantes a adaptação dos movimentos, conforme as suas capacidades.

O primeiro desdobramento a ser sugerido é a utilização de outros materiais para compor os desafios de movimento da chula, tais como bastões, cabos de vassoura, aros de ginástica, entre outros, abertos à criação.

Peça aos estudantes para realizar movimentos, utilizando esses materiais, criando possibilidades novas de ação e, em seguida, trocar os espaços e materiais.

Leve os estudantes de volta à viagem e, da mesma maneira, apresente-lhes a rancheira de carreirinha. Explique a origem europeia da tradição da dança em pares masculino/feminino. É possível que se apresentem algumas resistências a essa formação, o que é bastante natural nessa faixa etária. Aponte a possibilidade de formação de pares livres, com movimentos específicos utilizando volteio com chapéu e palmas (masculino) e movimento de saias rodadas e palmas (feminino), mesmo que esses adereços sejam imaginários.

Estruture uma coreografia em fileiras, ajudando os estudantes a formar os pares. Combine os movimentos em duplas com a turma, resguardando o momento da “carreirinha” como coletivo.

Explore ao máximo o potencial de envolvimento presente na dança, encontrando soluções coletivas para a participação de todos. Indique possibilidades de formação de pares mistos ou não. Nesse caso, os participantes executam os gestuais de uso do chapéu e mãos para trás no masculino, e os movimentos das saias rodadas do feminino.

Prepare uma pequena apresentação de desafios de chula e/ou evolução coreográfica da rancheira de carreirinha. Explique que, como se trata de coreografias, sua realização são “desenhos em grupo” feitos no espaço da dança. Peça para cada estudante escolher uma das danças estudadas para compor a apresentação final, que será dividida em duas, uma para cada grupo de dança.

A evolução da rancheira de carreirinha é feita em fileiras que se deslocam, conforme a música. Observe que há tempos distintos na música, que podem ser explorados com volteios dos pares, giros e trocas de lugar, todos feitos de maneira organizada e dentro de uma lógica coletiva. Motive os estudantes a encontrar soluções de movimentos, acolhendo e valorizando suas sugestões. Nomeie as partes da coreografia (início, saudações entre pares, carreirinha, volteio) para que esses momentos sejam percebidos com maior facilidade.

Já a chula é um desafio em duplas. Para motivar essa expressão, peça que inscrevam duplas de desafio, que podem combinar os movimentos de maneira livre e independente das aulas. Explique-lhes que não é uma competição, e, sim, uma demonstração de habilidades.

Solicite aos estudantes que encontrem soluções coletivas para eliminar barreiras para a participação de todos. Existem muitos estímulos sensoriais (visuais, auditivos, motores e proprioceptivos) que podem ser explorados, garantindo, assim, a plena participação. Valorize essas soluções como conquistas da turma.

Para o ensino remoto, podemos iniciar com a Conversa inicial apresentando o que vai ser desenvolvido neste bloco de ensino: aprendizagens sobre as danças brasileiras da região Sul. Pergunte aos estudantes o que é uma dança regional, uma vez que eles já passaram por este processo ao serem abordadas danças regionais de outras localidades.

Exponha peculiaridades da região Sul, sua localização, os estados que a compõem, aspectos da sua cultura e história, e fale sobre as danças oriundas desta região, mais especificamente a chula e a rancheira carreirinha, uma vez que elas serão discutidas em aula.

Explique que a chula tem sua origem em Portugal e caracteriza-se pela realização de sapateados e movimentos ginásticos em torno de uma lança colocada no chão. Na tradição gaúcha, os dançantes são apenas os homens/meninos. No entanto, essa visão já está sendo transformada na prática, como é mostrado em um dos vídeos sugeridos (Alma Gaúcha - Maria Bailarina). Ressalte junto aos estudantes a transformação cultural contida neste vídeo, já que, tradicionalmente, a Chula é dançada apenas por homens. Essa dança é realizada em forma de desafio entre duplas de participantes, com movimentos cada vez mais complexos. Pergunte aos estudantes se eles conhecem alguma dança que é caracterizada por desafios.

A rancheira carreirinha, assim como a chula, tem origem europeia (Alemanha, Polônia). A dança é, tradicionalmente, realizada em pares, alternando pequenas corridas (“carreirinhas”) com o bailado em duplas, como a valsa.

Apresente aos estudantes os vídeos sobre a chula e a rancheira de carreirinha que estão na seção Para saber mais. Para ampliar os conhecimentos sobre estas danças da região Sul para os estudantes, identifique as indumentárias, instrumentos e adereços utilizados na apresentação.

Divida a sala em dois grupos, um deles ficará com a chula e outro com a rancheira de carreirinha. Solicite-lhes que assistam aos vídeos recomendados e façam uma pesquisa individual relacionada à dança referente ao grupo em que estão (grupo da chula ou grupo da rancheira de carreirinha). Após conhecerem mais sobre a dança, peça-lhes para desenhar uma sequência de seis passos desta dança para serem apresentados aos demais estudantes. Solicite que guardem o registro, pois eles serão utilizados nas aulas presenciais como contribuição na elaboração de uma coreografia maior com os estudantes do seu grupo que deverá ser apresentada ao outro grupo. Recomende que a coreografia seja realizada com uma música típica correspondente à dança.

Atividades sobre danças populares brasileiras 4 ANO

Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.

Autor: Patrício Casco

Coautor: Laércio de Moura Jorge

Mentor: Ricardo Yoshio

Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho