A importancia de trabalhar contos populares

A importancia de trabalhar contos populares

O ato de contar histórias é uma das atividades pedagógicas que compõem as ações didáticas desenvolvidas no 1º ciclo. Contar histórias e escutá-las é o início da aprendizagem para se ser leitor, tendo pela frente um caminho absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo.

O primeiro contacto que as crianças têm com a leitura é feito através da audição de histórias e depois há que desenvolver o gosto pela leitura, para se ser bom leitor.

Os contos são histórias antigas mas sempre atuais porque os seus enredos falam de emoções comuns a todos nós como a inveja, o medo, o ódio, o ciúme, a ambição, a rejeição, a deceção… que, só podem ser compreendidos e vivenciados pela criança, através das emoções e da fantasia.

Os contos deixam fluir o imaginário, despertam a curiosidade e têm como objetivo ensinar os valores. Desta forma contribuem muito na formação da personalidade e ajudam as crianças a entender um pouco melhor o mundo que as rodeia.

No processo de ensino é muito importante dar atenção ao emocional para formarmos cidadãos mais ativos que, no futuro, saberão resolver sem medo, os conflitos normais da vida. A forma de julgamento que divide as personagens em boas ou más, belas e feias, fortes ou fracas, faz com que as crianças entendam melhor alguns valores e condutas humanas para o convívio em sociedade.

Os contos tradicionais são primordiais para o ensino da leitura e para a formação da criança.

Na nossa sala de aula já foram abordadas algumas histórias mas a que mais cativou os alunos foi “Corre, corre, cabacinha” de Alice Vieira. Além do conto em si, os alunos também observaram uma cabaça e ficaram a conhecer algumas curiosidades:

A cabaça  é o fruto da cabaceira que se estreita no meio, como se tivesse uma cintura;

A planta que produz as cabaças é cultivada em Portugal, de norte a sul do país e também é conhecida por abóbora-cabaça;

A cabaça foi uma das primeiras plantas cultivadas no mundo. Não se utiliza apenas na alimentação, no artesanato mas também, como recipiente de água.

Até breve!

Olá! Você já ouviu falar em contos populares? Saiba que contos populares são narrativas passadas de geração em geração oralmente, que depois foram passados para os livros. E podem existir várias versões de um mesmo conto sendo conservada uma estrutura semelhante embora contenha diferentes detalhes.

Atividade 1

Leia a imagem a seguir:

A importancia de trabalhar contos populares

Fonte: https://drive.google.com/file/d/1-9CrbMCx05wP6O0veijhkhFqrkDv7FC6/view

  Você acha que essa imagem conta uma história? 

Levante hipóteses: O quê está acontecendo nessa cena? O que aconteceu antes e o que acontecerá depois?  Onde está acontecendo? Quando (durante o dia ou a noite)? Observe os detalhes, os elementos, as cores e como a personagem está vestida. Como ela está se sentindo? Você já se sentiu da mesma forma em algum momento de sua vida? Essa cena te fez lembrar alguma história que aconteceu com você?

Essa imagem é a uma das ilustrações de um conto popular brasileiro que vamos conhecer logo mais, o “Tem Contação de Histórias no Céu…” (1). Você sabe o que é um conto popular?

Os contos populares são histórias contadas há milhares de anos, de geração em geração! Elas representam questões humanas, ainda que os personagens sejam animais. E essas histórias, justamente por tratarem de questões genuinamente humanas, nos ajudam a entender o mundo, as outras pessoas e a nós mesmos. Assim, os contos populares são uma herança muito valiosa que preserva a tradição de um povo. 

Cada pessoa que conta uma história dá a sua contribuição à narrativa: aumenta uma coisa aqui, tira outra coisa ali, faz adaptações… trazem questões contemporâneas e as incorporam no enredo. Assim, como ela vai passando por várias modificações, não é possível saber quem foi que “inventou” essas histórias. Por isso, dizemos que elas pertencem ao povo, pois cada um reinventa a narrativa temperando a seu gosto. E é justamente esse tempero especial que enriquece ainda mais o nosso grande tesouro cultural que são as histórias. 

Um exemplo disso é o conto “Chapeuzinho Vermelho” que quase todos já conhecem. Os irmãos Grimm, pesquisaram histórias que eram transmitidas oralmente na Alemanha, e em 1812 publicaram um livro com as histórias recolhidas entre o povo, dentre elas, estava “Chapeuzinho Vermelho”. Eles não inventaram essas histórias, eles “temperaram” e contaram, na forma escrita. 

E essas histórias continuam sendo contadas de várias formas e em diferentes veículos de comunicação. Você já ouviu a música: “Pela estrada a fora, eu vou bem sozinha/ levar esses doces para a vovozinha…”? Já leu o livro “Chapeuzinho Amarelo”? Já assistiu ao filme “Deu a louca na Chapeuzinho”? 

Atividade 2

Agora leia esse poema de Sérgio Capparelli (2):

Seu Lobo

Seu Lobo, por que esses olhos tão grandes?

Pra te ver, Chapeuzinho.

Seu Lobo, por que essas pernas tão grandes?

Pra correr atrás de ti, Chapeuzinho.

Seu Lobo, por que esses braços tão fortes?

Pra te pegar, Chapeuzinho.

Seu Lobo, pra que essas patas tão grandes?

Pra te apertar, Chapeuzinho.

Seu Lobo, por que esse nariz tão grande?

Pra te cheirar, Chapeuzinho.

Seu Lobo, por que essa boca tão grande?

Ah, deixa de ser enjoada, Chapeuzinho!

Viu só? Cada um conta a história da Chapeuzinho de uma forma, mas a essência da narrativa é a mesma! Assim, Os contadores de histórias têm um papel fundamental na preservação da memória das narrativas. Antes, elas eram passadas oralmente, ou seja, de boca em boca. Hoje podem ser escritas e transformadas em livros, músicas, filmes, entre outros formatos. Mas a tradição de contar e ouvir histórias permanece viva e continua encantando pessoas de todas as idades e em todas as partes do mundo. 

Ler e Ouvir histórias são experiências diferentes, mas, igualmente importantes e prazerosas! Que tal experimentar agora essas duas experiências?! 

Atividade 3

Você conhece a escritora goiana Edvânia Braz Teixeira? Ela também é professora e contadora de histórias do grupo Gwaya da UFG. Vamos conhecê-la?

Assista ao vídeo no qual a autora nos conta sobre como ingressou no campo da literatura.

A importancia de trabalhar contos populares

https://www.facebook.com/100047282084707/videos/121954489390620/

Atividade 4

Vamos ouvir uma história? Clique no link abaixo para assistir a Edvânia Braz narrando oralmente o conto autoral “Tem Contação de Histórias no Céu…”. Ouça a história com atenção e carinho e abra as portas da imaginação! 

https://www.facebook.com/grupogwaya/https://www.facebook.com/grupogwaya/videos/538584726861018/videos/538584726861018/

Atividade 5

Agora vamos para a segunda experiência: a leitura!

A autora Edvânia Braz disponibilizou o livro “Tem Contação de Histórias no Céu…” para leitura, na versão em PDF, especialmente para os alunos da Rede Municipal de Educação de Goiânia. O livro foi ilustrado por Tolentino, artista plástico goiano, muito conhecido por suas releituras no campo artístico-visual. 

A importancia de trabalhar contos populares

Esse conto é muito conhecido no Brasil e já foi recontado por várias pessoas. Trata-se de um reconto, ou seja, é uma versão do conto “Festa no céu”. Dá uma olhada nas capas de livros de alguns autores brasileiros que já contaram essa história. Observando apenas as capas, já podemos perceber como uma mesma história pode ser contada de infinitas maneiras! 

A importancia de trabalhar contos populares
A importancia de trabalhar contos populares
A importancia de trabalhar contos populares

Esse conto é classificado por Câmara Cascudo (3), um especialista em contos tradicionais do Brasil, como conto etiológico. Os contos etiológicos surgiram para explicar a origem de alguma característica ou aspecto de algum ser da natureza, como, por exemplo, explicar o porquê de a girafa ter o pescoço longo.

A imagem que você leu no início da aula faz parte desse livro. Agora você terá a oportunidade de ver a imagem inserida no contexto e conferir se as hipóteses que você levantou sobre a história da tartaruga se confirmam ou não na obra literária.

Clique no link para baixar o livro e ler essa história contada com o “temperinho goiano”, através da escrita por Edvânia e das imagens, por Tolentino. Divirta-se!

https://drive.google.com/file/d/1-9CrbMCx05wP6O0veijhkhFqrkDv7FC6/view

Para saber mais:

https://www.youtube.com/channel/UCpg3xIRT9IpC-GCjJr8w8OA

Objeto de Conhecimento•Formação de leitor literário.•Valorização dos textos literários: dimensão lúdica e de encantamento.•Leitura e compreensão de textos literários de diferentes gêneros•Comparação e associação de textos em estudo: forma, conteúdo, estilo e função social.
Habilidades•(EF35LP21) Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes gêneros, temas e autores, inclusive aqueles sem ilustrações, por meio digital ou impresso.•(GO-EF35LP32) Ler contos populares, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos: formulação de hipóteses, antecipação e inferência; verificação de hipóteses, seleção e checagem.•(GO-EF35LP33) Ler, comparar e associar os textos em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.•(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patrimônio artístico da humanidade.•(EF35LP02-A) Selecionar livros, revistas e jornais da biblioteca, sala de leitura, cantinho de leitura da sala de aula e/ou disponíveis em meios digitais para leitura individual, (incluindo autores da literatura goiana) justificando a escolha e compartilhando com os colegas sua opinião, apos a leitura.•(EF35LP18) Relacionar texto com ilustrações e outros recursos gráficos.
Proponentes/ Professores:Edivanilde da Silva SouzaAdriana Nunes da Costa
Instituição Educacional:Escola Municipal Eli Brasiliense
CRE:Jarbas Jayme

Ensino Fundamental – Ciclo da Infância- Agrupamento D- 4 ano – Ética e Cidadania